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Como lidar com o sentimento de posse das crianças?

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postado em 9 de maio de 2012

A revista Crescer publicou em sua edição mais recente uma matéria que contou com a participação dos médicos Marcelo Reibscheid e Paulo Breines, do Hospital e Maternidade São Luiz, sobre as origens do egoísmo nas crianças e atitudes que os pais devem tomar para tornar o seu pequeno um ser humano mais sociável e tranquilo.

O bebê já nasce com um instinto possessivo: ele ainda não percebe que está separado da mãe. Mas essa percepção só começa a surgir por volta dos seis meses, quando ele entre na fase que os pediatras chamam de angústia da separação.

É a partir desse período que ele começa a apresentar os sinais tão bem conhecidos: ele não quer mais dividir os brinquedos, sente ciúme das pessoas próximas e começa a querer monopolizar tudo o que lhe agrada.

E isso fica mais complicado porque as crianças não possuem mentalidade suficiente para se colocar no outro e muito menos lidar com frustrações. O sentimento de posse ganha força total por volta dos 3 anos, quando as crianças geralmente entram na fase do “é tudo meu!”.

Confira algumas dicas que podem te ajudar nas situações mais recorrentes:

Monopólio dos brinquedos: aprender a compartilhar deve ser uma atitude ensinada desde cedo pelos pais: divida os alimentos com ele, peça ajuda em alguma tarefa simples e incentive-o a brincar em grupo, enfatizando como esse momento é importante e divertido.

Tudo é meu!!!! Em primeiro lugar, tenha calma. Resista ao máximo a tentação de dar o que ele quer para não ouvi-lo chorar, pois assim ele irá aprender que é exatamente esse o caminho que ele precisa percorrer para alcançar o que quer. Tente negociar com ele, dizendo que ele pode escolher o produto para o seu aniversário ou, dependendo da idade, explique que o objeto pertence a outra pessoa e tente mudar rapidamente o tema da conversa.

Ele chora para devolver as coisas: enfatize a atitude do amiguinho que emprestou o brinquedo, dizendo o quão legal foi da parte dele deixá-lo brincar. Ou, se o choro persistir, tente fazer a criança se colocar no lugar do amiguinho: por menor que ela seja, esse tipo de conversa já ajuda a desenvolver o sentimento de desapego.

E por fim: não ceda a todas as vontades do (a) seu (ua) filho (a). É importante que a criança aprenda o significado de compartilhar e entenda que quem não divide nada acaba ficando sozinho. “Aos poucos, a criança começa a perceber que sem o outro a brincadeira não tem graça”, explica o neuropediatra Paulo Breines.

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