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Como é realizado o transporte aeromédico?

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postado em 4 de junho de 2012

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2011, ocorreram 188.925 acidentes graves nas estradas do Brasil, sendo 63.980 deles com feridos. Em alguns casos, o estado do paciente é tão grave que sua remoção precisa ser realizada pelo ar, a fim de agilizar o atendimento e possibilitar maiores chances de vida ao ferido.

“Caso haja uma parada cardiorrespiratória em vítimas de trauma fechado, ou seja, aqueles que não levaram tiro, facada ou que não tiveram algum ferimento penetrante, a situação é de extrema emergência. A menos que se chegue a um hospital de trauma em 20 minutos, ele não sobreviverá”, afirma Dr. Dino Altmann, cirurgião responsável pelo atendimento Rede D’Or São Luiz no GP Brasil de Fórmula 1.

Além disso, explica o Dr. Altmann, o transporte aeromédico é utilizado para transferir a vítima a um hospital com melhores condições de atendimento ou mais próximo da família. Para realizar essa mudança de forma segura e eficiente, algumas recomendações devem ser seguidas com rigor:

Paciente monitorado: acompanhamento de funções vitais, como ritmo cardíaco, frequência cardíaca, pressão arterial, oximetria de pulso, capnografia (mede o CO2 expirado), frequência respiratória, além de ter um bom acesso venoso para infusão de volume e drogas. É importante manter a temperatura do corpo adequada e estável.

Tempo e modo de transporte: além de optar pelo método mais rápido, é sempre importante lembrar que deve existir helipontos no hospital de origem e naquele que recebe o paciente.

 Planejamento prévio: ajustar a infraestrutura da ambulância, helicóptero ou avião para atender plenamente as necessidades do doente no tempo estipulado de transporte. Se há acesso a medicamentos, espaço para manipular o paciente caso necessário, equipamentos para monitoramento do ritmo cardíaco, da frequência cardíaca e pressão arterial, oximetria de pulso e, ainda, se existe a necessidade de um respirador com o capinógrafo (aparelho para medir gás carbônico) para controle da respiração. Outros equipamentos podem ainda ser necessários, como as bombas que controlam a infusão de drogas.

 Preparação do paciente: questões críticas precisam ter sido solucionadas, como permeabilidade das vias aéreas, boa condição de respiração e de circulação, bom acesso venoso e estancamento de hemorragias externas. Analisar estado neurológico e necessidade de sedação

 Durante um transporte aéreo:

– Médicos de emergência e de UTI devidamente treinados acompanham o paciente. Previamente, esses especialistas traçam uma espécie de plano de voo a fim de se antecipar à pressurização da aeronave. Por exemplo, atenção especial deve ser despendida caso inexista pressurização, como nos helicópteros, pois decolagem e pouso precisam ser lentos, principalmente, se houver algum sangramento

– Recebimento do paciente: no hospital que o receber, médicos farão exatamente o mesmo procedimento de monitoramento realizado antes de deixar a unidade de saúde anterior

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