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Combatendo a esclerose múltipla

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postado em 5 de setembro de 2012

Uma boa notícia para quem sofre de esclerose múltipla: um estudo, ainda em estágio inicial, conduzido pelo pesquisador brasileiro Luiz Francisco Pianowski acena com a possibilidade de reduzir os efeitos colaterais da doença por meio de uma planta brasileira, que já vem sendo estudada para o combate ao câncer, há alguns anos.

Trata-se da aveloz. O princípio ativo da planta é o euphol, um álcool triterpeno tetracíclico que tem em suas propriedades farmacológicas a ação anti-inflamatória. Os autores do estudo, pesquisadores do laboratório KYolab, de Campinas, relatam que após estudos exaustivos observaram, nos ratos, que a administração oral de euphol reduziu de forma consistente e limitou a gravidade e o desenvolvimento da esclerose.

Segundo a farmacêutica Liliamaura Lima, de Rio Preto, a planta aveloz pertence à família das Euphorbiaceae e foi considerada tóxica pela seiva leitosa (látex) que produz. Há alguns anos vem sendo estudada por suas propriedades corrosivas, porém eficazes quando aplicadas em verrugas ou em tumores de pele, pois é extremamente irritante.

Atualmente, algumas pesquisas estão avaliando os resultados da planta no combate ao câncer. A esclerose múltipla afeta a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Dentre os portadores mais conhecidos no Brasil está o músico João Carlos Martins, que perdeu diversos dos seus movimentos desde que foi afetado pela doença. A esclerose afeta o sistema nervoso central, com ativação de elementos do sistema imunológico do paciente contra suas próprias estruturas.

Diagnóstico precoce reduz sequelas

Desde o final da década de 1980, com o avanço da ressonância magnética, e início dos anos 1990, com a descoberta dos tratamentos com interferons e acetatos de glatiramer, o diagnóstico e tratamento da esclerose múltipla avançou muito. Com isso, os pacientes são diagnosticados cada vez mais cedo e a primeira fase da doença – a inflamação – é controlada parcialmente.

O que falta, no entanto, são mecanismos de tratamento mais abrangentes e com menos efeitos colaterais, grandes vilões dos medicamentos atuais.

Atualmente, um dos medicamentos mais usados para controlar a doença é um imunomodulador, também chamado de betainterferona, que ajuda a reduzir os surtos e a retardar a evolução da incapacidade neurológica. E quando administrado logo que descoberta a esclerose, ajuda a reduzir a frequência e intensidade dos surtos, que são déficits neurológicos agudos, comuns na fase inicial da doença.

“O diagnóstico precoce está ligado ao tratamento precoce, o que permite reduzir a incidência de sequelas e melhorar o controle da doença”, afirma o neurologista Roberto Carneiro de Oliveira, do Hospital São Luiz, em São Paulo.

No entanto, o especialista alerta para o fato desse diagnóstico não ser simples. “Os sintomas da esclerose múltipla são semelhantes aos de outras patologias neurológicas e, por isso, é preciso afastar todas as hipóteses antes de fechar um diagnóstico”, explica. Para tanto, são realizados diversos tipos de exames, como ressonância magnética e análise de alterações no líquor.

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