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HIV na gestação: cuidados desde o pré-natal

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postado em 10 de dezembro de 2012

A descoberta da gestação traz consigo uma série de responsabilidades à futura mamãe, que precisa manter hábitos saudáveis em prol de seu bem-estar e do bebê. Esses cuidados devem ser redobrados quando a gestante é portadora de HIV, o que não quer dizer que sua gravidez não transcorrerá normalmente como qualquer outra.

No mês de comemoração mundial da luta contra a Aids, a ginecologista e obstetra Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, traz dicas de como ter uma gestação tranquila, descomplicando os mitos de transmissão do vírus para o bebê.

No pré-natal, é importante que a gestante faça o teste anti-HIV e, se o vírus for diagnosticado, as possibilidades de melhores resultados no tratamento aumentam. Mas os riscos de transmissão são cada vez menores. Dados do Ministério da Saúde apontam que já é possível reduzir em 50% as chances de recém-nascidos contraírem o vírus da mãe, devido ao tratamento e acompanhamento adequado.

Após o diagnóstico, um dos aspectos mais importantes é a aceitação do quadro pela gestante. Em todas as fases da gravidez, o obstetra responsável deve estar atento as possíveis variações de humor e reações depressivas, muito frequentes nesses casos.

O apoio da família contra situações de preconceito, que podem influenciar o bom resultado do tratamento, é de extrema importância. Porém, os cuidados precisam ser tomados e devem começar o quanto antes.

De maneira geral, os principais fatores associados aos riscos de transmissão na gestação são virais, imunológicos e obstétricos, que ocorrem durante o trabalho de parto. Segundo a dra. Karina Zulli, durante o pré-natal, todos esses fatores devem ser fortemente analisados. “Cerca de 35% das transmissões ocorrem durante a gestação e 65% no período peri-parto. Por isso a gestante deve fazer uso de antirretrovirais, que previnem a transmissão”.

Mesmo com todos os riscos, a gestante portadora de HIV não deve se preocupar com as possibilidades de aborto, que não são favoráveis ao quadro, salvo quando a paciente estiver com o sistema imunológico muito debilitado. A alimentação dessa gestante também não sofre grandes alterações.

“Deve ser balanceada e equilibrada, mas vale ressaltar que, diante dos medicamentos antirretrovirais, o fígado pode apresentar alterações em suas enzimas, por isso é importante minimizar o consumo de substâncias que possam causar prejuízo às enzimas hepáticas, como alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas”, explica a especialista.

Com o tratamento correto, não há motivos para grandes preocupações. O índice de transmissão de uma mãe que faz o controle e acompanhamento adequado não chega a 5%. Com isso, mãe e bebê estão livres para curtir esse momento tão especial.

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