postado em 13 de maio de 2014
Atualmente, os bebês são monitorados praticamente desde o início de sua existência. Graças a estes cuidados, é possível analisar o desenvolvimento do feto de maneira aprofundada e, caso necessário, tratar uma possível doença fetal antes do nascimento.
Nos casos de doenças fetais, podem ser realizados procedimentos minimamente invasivos ainda durante a gravidez. São as chamadas cirurgias fetais endoscópicas. Essas intervenções são realizadas com delicados equipamentos de videoendoscopia e são guiadas por ultrassonografia.
Segundo o Dr. Javier Miguelez, médico responsável pela Medicina Fetal do Hospital São Luiz, “o Hospital realiza os principais procedimentos que existem na área de Medicina Fetal”.
Uma das doenças em que a cirurgia fetal é necessária é a Síndrome do Transfusor Transfundido. Ela ocorre quando o sangue não circula de forma igual entre gêmeos idênticos, que compartilham a mesma placenta, e costuma aparecer da 16ª à 24ª semana de gestação.
“Esta situação é muito grave e ocorre em 10% dos casos de gêmeos que dividem a mesma placenta. Se não tratada, a Síndrome leva ao óbito dos bebês na maioria dos casos”, explica o Dr. Javier.
Na cirurgia endoscópica a laser, o médico busca os vasos sanguíneos que comunicam um lado da placenta com o outro e os coagula. Deste modo, são “criadas” duas placentas e a distribuição de sangue fica mais equilibrada. Este procedimento transforma uma situação em que os bebês morreriam e, por este motivo, a necessidade de intervenção é praticamente inquestionável entre os médicos.
“Quando realizada, a cirurgia tem mais de 80% de chance de sucesso de pelo menos um dos bebês sobreviver”, completa o médico.
Continue acompanhando o nosso blog. Nas próximas semanas, postaremos outros tipos de cirurgias fetais.
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