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Entenda o acretismo placentário, condição que pode levar Kim Kardashian a perder o útero após o nascimento do segundo filho

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postado em 4 de setembro de 2015

Grávida de seis meses, a socialite norte-americana Kim Kardashian revelou recentemente que sofre de acretismo placentário – nome dado à placenta que adere de forma invasiva e agressiva à parede do útero – e corre o risco de ter que retirar o útero após o nascimento de seu segundo filho com o rapper Kanye West.

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O acretismo placentário é uma doença gestacional que pode levar a mulher a uma hemorragia severa e merece atenção. Por isso, Karina Zulli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, explica o que é esta condição, seus riscos e cuidados.

1. O que é acretismo placentário?
O acretismo placentário é uma doença caracterizada pela invasão profunda da placenta na parede uterina. “Quando o embrião chega ao útero normalmente um complexo vascular começa a ser gerado para a formação da placenta. Em alguns casos esse processo é deficiente, já que a placenta invade profundamente a cavidade uterina, podendo até comprometer órgãos próximos. Quanto maior for à invasão da placenta para dentro do útero e abdômen mais grave é a doença”, explica Karina Zulli.

2. Existe alguma pré-disposição à doença?
Sim, a pré-existência de cicatrizes no útero ocasionadas por cesáreas, curetagens, remoção de miomas e a ocorrência da placenta prévia podem predispor a grávida ao acretismo. “Nesses casos é possível prever a doença durante o pré-natal. O acompanhamento médico irá identificar a profundeza de penetração da placenta para tentar evitar complicações, que são inerentes apenas ao momento do parto. Mas não há como impedir que o acretismo ocorra e/ou progrida”, esclarece a especialista. Fora esses casos, geralmente não é possível prever a doença antes do nascimento do bebê.

3. Quais são os sintomas?
A maioria dos casos não apresenta sintomas específicos. No entanto, quando a gestante apresenta uma placenta de inserção mais baixa do que o normal, conhecida como placenta prévia, há chances de aparecer um sangramento vaginal vermelho vivo no terceiro trimestre da gestação.

4. Por que esta condição é tão perigosa?
“Porque durante o parto a placenta não sai por completo, comprometendo a contração uterina. Além disso, pode provocar uma hemorragia e até ser necessário remover o útero”, explica Karina.

5. Mulheres que tiveram acretismo placentário na primeira gestação podem engravidar novamente?
Segundo Karina Zulli, a segunda gestação é possível se o acretismo da primeira gestação não foi grave e o útero mantido. “Antes te iniciar as tentativas da segunda gestação é importante que a mulher seja submetida a uma histeroscopia diagnóstica, exame que irá avaliar o endométrio. Se o endométrio estiver refeito e o útero não apresentar grandes cicatrizes em sua extensão, a segunda gravidez está liberada. Mas, todos os cuidados devem ser tomados já no pré-natal e a mãe deve seguir com rigor as recomendações médicas, pois a recorrência da doença é possível”.

6. Existe tratamento?
Sim, o importante é que a doença seja previamente diagnosticada. Karina destaca a medicina intervencionista como uma grande inovação para o tratamento do acretismo placentário. Em alguns casos, os cuidados médicos começam ainda durante a gravidez. Outras medidas preventivas são tomadas na hora do porto. “Através de cateteres bloqueamos as artérias que irrigam a área comprometida para coibir o sangramento excessivo antes mesmo da retirada do bebe”, diz.

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