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Especialista do Hospital São Luiz desvenda mitos da endoscopia

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postado em 6 de maio de 2016

Exame permite o diagnóstico de doenças do aparelho digestivo até o tratamento de cânceres no estágio inicial

Mesmo prevendo e tratando doenças simples até graves hemorragias, a endoscopia é vista pela sociedade como um procedimento demorado, dolorido e que o paciente passa muito tempo anestesiado após a realização do exame. O endoscopista das unidades Morumbi e Jabaquara do Hospital São Luiz, Eduardo Guimarães de Moura, elaborou uma lista para desvendar os mitos e verdades deste procedimento.

A endoscopia é um exame que ajuda o médico a definir a causa de sintomas como dor em abdome superior, náusea, vômitos, dificuldade para engolir, entre outros. É também um excelente método para a investigação de sangramentos digestivos. Gastrites e úlceras são exemplos de doenças facilmente diagnosticadas pela endoscopia.

O médico pode usar a endoscopia para obter biópsias (pequenos fragmentos de tecido) que servem para distinguir entre lesões benignas ou malignas, como os cânceres do trato digestivo, por exemplo.

Para o dr. Eduardo, algumas complicações podem ocorrer após o exame, mas são muito raras. Os riscos potenciais são reações aos medicamentos empregados, complicações de doenças pulmonares ou cardíacas, perfuração ou hemorragia. “Esses riscos são um pouco maiores após procedimentos terapêuticos como retirada de pólipos, por exemplo. É importante que o paciente reconheça sinais precoces de eventuais complicações: se apresentar febre, dificuldade para engolir, dores importantes, vômitos ou fezes enegrecidas após o exame, deve informar o médico imediatamente”, explica.

O procedimento para a realização do exame é simples: primeiro o paciente recebe uma pequena quantidade de líquido para ingerir, que serve para ‘limpar’ melhor as áreas a serem examinadas. A seguir, um anestésico local será borrifado na garganta, para permitir a passagem do aparelho com o mínimo desconforto e uma solução sedativa deixará o paciente mais relaxado. Então, o aparelho será passado através de boca para o esôfago, estômago e duodeno.

endoscopia

Confira alguns mitos e verdades sobre a realização do exame:

O exame demora? Mito. No total, o exame costuma durar cerca de 10 minutos.
Fazer endoscopia dói? Mito. Um anestésico local será borrifado na garganta, para permitir a passagem do aparelho com o mínimo desconforto.

Não dá para respirar durante o exame? Mito. O endoscópio não interfere com a respiração e não causa dor. Você pode se sentir um pouco estufado, uma vez que será necessário colocar certa quantidade de ar dentro do estômago para permitir o exame.

Não é possível se alimentar após o exame? Mito. Você poderá comer normalmente quando cessar o efeito do anestésico em sua garganta (o que leva cerca de 45 minutos).

Não é possível dirigir após o procedimento? Verdade. Como, também, operar maquinaria ou tomar decisões importantes pelo resto do dia. Mesmo que você se sinta normal, é sabido que a sedação diminui os reflexos e julgamento por várias horas.

É necessário estar acompanhado na data do exame? Verdade. O paciente permanecerá na área de repouso por cerca de 30 minutos a 1 hora, até que os principais efeitos dos medicamentos usados desapareçam. Sua garganta poderá ficar um pouco dormente ou levemente dolorida, e eventualmente pode haver sensação de estufamento no abdome pelo ar colocado no estômago. Todos esses efeitos são leves e passageiros.

Todas as pessoas ficam eufóricas ou têm outras reações após o exame? Mito. O medicamento usado como sedativo manifesta ações psicomotoras em alguns pacientes, apenas.

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