postado em 29 de setembro de 2016
Hospital São Luiz Morumbi implanta melhoria que altera protocolo de atendimento no pronto-socorro
É sabido que o rápido atendimento ao paciente com sinais de infarto é determinante para diminuir os riscos de danos ao coração e, consequentemente, salvar vidas. O tempo entre a chegada de um paciente com dor torácica ao serviço de emergência de um hospital, a triagem e o diagnóstico de infarto deve ser de menos de 90 minutos, segundo a literatura médica internacional.
No Hospital São Luiz Morumbi, os pacientes contam com mais uma opção em seu totem de retirada de senha para atendimento no pronto-socorro: o botão de dor no peito. Ao aperta-lo, o paciente está sinalizando que está com dor torácica e por isso, recebe uma senha diferenciada e seu atendimento é priorizado. O primeiro atendimento é realizado por uma enfermeira que avalia as características da dor e o encaminha para a realização de um eletrocardiograma, com resultado avaliado pelo médico cardiologista. Após isso, caso não seja detectado nenhum problema no coração o paciente volta ao atendimento normal ou, então, se houver alterações, segue para os cuidados emergenciais de um paciente que está sofrendo um infarto.
O Dr. André Luis Negrão Albanez, diretor médico do Hospital São Luiz Morumbi, explica que essas mudanças foram fundamentais para a redução de cerca de 60% no tempo de atendimento final. “Percebe-se que os pacientes que receberam diagnóstico de infarto, na sua grande maioria, tiveram tempo negativo de atendimento, o que quer dizer que eles foram atendidos até antes da abertura de ficha se completar”, explica.
O infarto, que pode anteceder a parada cardíaca, ocorre quando as artérias responsáveis por levar sangue, oxigênio e nutrientes ao coração ficam obstruídas. A partir do impedimento, inicia-se o processo de necrose do músculo do coração (miocárdio), o qual passa a não ter um funcionamento adequado, comprometendo o desempenho cardíaco, tornando maior o risco de morte, arritmias cardíacas e outras complicações.
As pessoas que sofrem um infarto do miocárdio enfrentam um risco muito mais elevado da ocorrência de parada cardíaca nas primeiras 24 horas, sendo muito maior o risco nas primeiras seis horas. Os dois nem sempre são eventos subsequentes, mas podem ocorrer simultaneamente, o que é mais frequente, ou após a internação hospitalar, que é mais incomum.
O Dr. Luiz Alberto Mattos, cardiologista do Hospital São Luiz Morumbi, explica que o músculo cardíaco, quando privado da circulação abundante de sangue, suporta no máximo seis horas esta situação. Após isso, ele começa a se degenerar com morte celular e suas consequências adversas. “Somente o restabelecimento do fluxo sanguíneo normal nas artérias coronárias neste curto intervalo de tempo reduz ou elimina as sequelas, por isso a necessidade e importância de entender os sintomas e do atendimento de urgência”, explica.
Os sintomas do infarto podem surgir de diferentes formas, são eles: dor no centro do peito, de forte intensidade e irradiação para membros superiores e na mandíbula; náuseas, vômitos e suor frio; incomodo na região superior do abdômen, popularmente conhecida como “boca do estômago”; sintomas mais leves, ou ainda, inespecíficos como um mal-estar e dores de menor intensidade.
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