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Apendicite: sintomas e o que fazer

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postado em 13 de janeiro de 2017

O apêndice é um prolongamento do ceco, região que delimita o final do intestino delgado e o início do cólon, parte do intestino grosso. Ele é como um canal que termina em um fundo cego, parecido com um tubo sem saída ou o dedo de uma luva, e possui entre 10 e 12 centímetros de comprimento.

Segundo o Dr. Gustavo Patury Accioly, cirurgião geral do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, antigamente acreditava-se que este órgão não tinha qualquer função no corpo, mas alguns estudos descobriram que ele é colonizado com bactérias que ajudam a nos proteger de algumas doenças.

Quando o apêndice inflama, em geral devido à obstrução pela retenção de material com restos fecais, acontece a apendicite. Normalmente, o primeiro sintoma é uma dor intensa que começa próxima ao umbigo ou perto do estômago. Depois, a dor vai para a parte inferior direita do abdômen. Pode ser que o paciente também tenha febre e perda de apetite como sintomas mais tardios.
Os sinais da apendicite podem ser confundidos com outras doenças, como pedra nos rins, e outras enfermidades, principalmente nas mulheres, como cisto no ovário e infecção urinária. “Às vezes a dor inicia perto do estômago e a pessoa pode achar que está com algum problema gástrico”, explica o médico.

O exame para diagnosticar, na maioria das vezes, é clínico. Um dos sintomas mais evidentes é que, quando o médico aperta a barriga, o paciente sente dor. Porém, quando ele solta, em vez de melhorar, a dor piora. Também podem ser necessários exames de sangue, para identificar se há inflamação, ultrassom total do abdômen e tomografia.

Em grande parte dos casos, no entanto, os testes laboratoriais podem estar normais. “Por isso, é importante ser avaliado por um cirurgião”, diz o Dr. Gustavo. O tratamento é sempre cirúrgico. Atualmente, a cirurgia por videolaparoscopia é o procedimento mais utilizado. Nele, são feitos de três a quatro cortes bem pequenos para que o cirurgião retire o órgão e faça a limpeza de toda a cavidade abdominal. Em seguida, é recomendado que o paciente tome antibiótico de sete a dez dias.

Se a pessoa com apendicite não for tratada rapidamente, o quadro pode evoluir para complicações graves, como infecção abdominal, depois infecção generalizada (sepse) e até o óbito. Por isso, sempre que houver dor abdominal, é importante consultar um médico assim que possível.

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