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Falta de diagnóstico aumenta mortalidade por infarto em mulheres

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postado em 17 de agosto de 2017

Incidência de infarto é duas vezes maior no homem até 54 anos; números se igualam após os 55 anos

Também chamado de ataque cardíaco, o infarto é a falta de sangue oxigenado na área do coração, que acontece devido à obstrução de uma artéria coronária. A falta de sangue na região faz com que o músculo entre em processo de necrose, podendo levar o paciente à morte.

O Dr. André Feldman, cardiologista da Cardio D’Or, serviço do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco especializado em saúde do coração, alerta que a sobrevivência do paciente pode estar na rapidez do atendimento médico, por isso a importância da atenção aos sintomas, que podem variar entre homens e mulheres.

Para melhor entender, podemos separar os sintomas entre clássicos e atípicos, onde o primeiro aparece nos homens e o segundo normalmente é apenas apresentado pelas mulheres:

Sintomas clássicos: dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula, estômago e até as costas, além de náusea, vômito, suor frio e desmaio.

Sintomas atípicos: falta de ar, enjoo, cansaço inexplicável, desconforto no peito, arritmia e agonia.

Dados da literatura mostram que a incidência de infarto é 2.2 vezes maior no homem até 54 anos. Após essa idade, os números se igualam.

Para o Dr. André a incidência de infarto em pessoas do sexo feminino tem crescido nas últimas décadas devido ao aumento da proporção de mulheres inseridas no mercado de trabalho. “A dupla jornada vivida pelas mulheres pode estar relacionada ao crescimento dos níveis de estresse, má alimentação, falta de atividade física, entre outros fatores de risco para infarto, fazendo com que a incidência acompanhasse essa adesão ao mercado de trabalho”, observa.

As mulheres devem se preocupar, ainda, com a menopausa, que é o período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios da idade fértil, que ajudam na proteção da formação de placas de gordura nas artérias coronárias.

O especialista explica que a prevenção ao infarto é igual para ambos. “Para não fazerem parte de nenhum grupo de risco é necessário controlarmos os indicadores do nosso corpo, como colesterol, diabetes e hipertensão”, observa.
Para conseguir manter os índices do corpo estáveis é preciso praticar atividade física regularmente, não fumar e ter uma alimentação saudável. Além disso, os especialistas recomendam um check-up anual que contemple exames do coração, como teste ergométrico, ultrassonografia do coração e eletrocardiograma de repouso.

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