postado em 28 de dezembro de 2017
Maternidade São Luiz Itaim possui equipes referências nesses procedimentos neonatais e durante os primeiros anos de vida
As malformações e anomalias congênitas são doenças que podem prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido e das crianças, se não forem diagnosticadas e tratadas o quanto antes. Felizmente a medicina se prepara constantemente para melhorar a condição dos seus pacientes, seja por meio de procedimentos altamente especializados, medicamentos ou pela tecnologia.
O diagnóstico dessas anomalias normalmente é feito pelo neonatologista por meio do exame físico logo após o nascimento. Entretanto, em alguns casos, a descoberta da doença pode ainda durante a gravidez, durante exames pré-natais.
A cirurgiã plástica especializada em cirurgia craniofacial da Maternidade São Luiz Itaim, Dra. Vera Cardim, explica que é possível evitar algumas surpresas com pré-natal de qualidade. “É muito importante que os exames sejam feitos em um centro especializado em medicina fetal que tenha uma equipe especializada e tecnologia de ponta com potencial de identificar certas doenças, que são de difícil visualização nos exames”, orienta a especialista. “Quando o diagnóstico é feito ainda durante a gravidez, a família não é pega de surpresa, consegue se preparar emocionalmente e entender os procedimentos que o bebê precisará passar após seu nascimento”, completa.
A incidência dessas doenças, dependendo de qual seja, pode variar de uma criança a cada 700 até uma a cada 10 mil. Isso não torna as doenças raras, uma vez que, no Brasil, nascem mais de 4 mil crianças por dia, segundo o IBGE.
Algumas das malformações craniofaciais são tratáveis por meio de cirurgias e a Maternidade São Luiz Itaim conta com equipes multidisciplinares durante todas as etapas do tratamento, com especialistas em cabeça e pescoço, otorrinolaringologia e cirurgia plástica, essenciais para esses tipos de problema, além de uma UTI Neonatal que é referência nacional em bom atendimento. Saiba quais são os tipos mais comuns dessas malformações:
Cranioestenose
O crânio do bebê é dividido em placas ósseas que se unem entre si por um tecido fibroso chamado “sutura”, que permite o crescimento de cada placa em resposta ao crescimento do cérebro. Quando o crescimento se completa, as suturas se soldam definitivamente.
A cranioestenose acontece quando o fechamento das suturas cranianas acontece antes do tempo, impedindo o crescimento natural do crânio do bebê. O desenvolvimento neurológico da criança pode ser prejudicado em alguns casos, de acordo com o tipo de sutura afetada, o grau de aumento da pressão intracraniana, e o tempo de espera pelo tratamento cirúrgico, que descomprime a caixa craniana.
O cérebro em condições normais cresce metade do seu total até os dois anos de vida, por isso a importância de se operar a criança o quanto antes, para não afetar seu desenvolvimento.
Sequência de Pierre Robin
Descrita pela medicina como uma tríade de anomalias na face é caracterizada pela mandíbula muito pequena, pela retração da língua e por fissura palatina, que acontece somente em alguns casos.
Pacientes com essa doença podem apresentar asfixia devido à obstrução de via aérea causada pela queda da língua para trás, o que provoca a obstrução da garganta. Necessitam ser intubados logo ao nascer, e o tratamento é o alongamento cirúrgico da mandíbula, que cria espaço para a acomodação correta da língua, permitindo a desobstrução da garganta e evitando a traqueostomia (que é um tubo implantado na traqueia para melhorar a respiração).
Às vezes é necessário fazer a pelveplastia, nome dado ao procedimento realizado para trazer a língua mais para frente na boca, a fim de que ela pare de obstruir a passagem do ar.
Fenda Palatal
É a malformação mais comum nos recém-nascidos, geralmente caracterizada por uma fenda do lábio e da arcada superior, que pode afetar apenas uma das narinas (fenda labiopalatal unilateral) ou ambas (fenda labiopalatal bilateral). Como o palato (céu da boca) não se fecha corretamente, esta malformação pode ocasionar problemas de fala, alimentação e até de sociabilização no decorrer da vida. O tratamento cirúrgico, fonoaudiológico e odontológico adequado resgata o bom desenvolvimento das crianças afetadas.
Traqueomalacea e Laringomalacea
Ambas são anomalias congênitas frequentes causadas pela falta de maturidade das estruturas que compõem a laringe ou a traqueia, que acabam bloqueando a passagem do ar por falta de tonicidade dos músculos, o que mantém a criança intubada até que o procedimento seja realizado.
postado em 18 de abril de 2017
Os pequenos nascidos antes da hora podem apresentar baixo peso e risco elevado para algumas doenças
Aprender a trocar fraldas, amamentar, passar madrugadas acordada cuidando do bebê. Tudo isso é comum com a chegada de um filho. A ansiedade e expectativa aumentam ainda mais quando se trata do primeiro. Por mais vontade que a mãe tenha de conhecer o seu filho, ninguém deseja que ele chegue antes desse tempo.
Um período correto de gestação vai de 38 a 42 semanas, tempo necessário para o seu desenvolvimento completo dentro do útero. Os prematuros são classificados de acordo com sua semana de nascimento. Quando o bebê nasce acima de 34 e antes de 38 semanas ele é chamado de pré-termo tardio. Já quando ele nasce abaixo de 32 semanas, ele é chamado de prematuro extremo.
As causas de prematuridade são divididas em maternas ou fetais, como restrições de crescimento, falta de fluxo sanguíneo, infecção, hipertensão materna, trabalho de parto prematuro, diabetes e outras doenças que podem acometer a mamãe.
Para a Dra. Mirian Rika, neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz unidades Itaim e Anália Franco, o mais importante é que o pré-natal seja realizado corretamente, pois a partir dele, caso seja identificado algum problema, a paciente em conjunto com os especialistas pode controlar e melhorar as condições para tentar manter o bebê dentro do útero até o prazo final da gravidez.
“Além de ter um pré-natal adequado e especializado, promover o nascimento em um hospital onde haja o atendimento com o máximo de condições tecnológicas e medicamentosas para auxiliar o bebê nessa transição da vida fetal até o amadurecimento total dos órgãos”, recomenda.
Apesar dos avanços tecnológicos, ambulatoriais e o aumento dos acessos ao pré-natal, ainda não é possível se prever a prematuridade, que apesar dos avanços, seus números permanecem estáveis em todo o mundo, acometendo cerca de 10 a 15% de todos os nascimentos. As crianças prematuras têm mais chances de desnutrição, retardo no desenvolvimento neurológico, infecções, distúrbios respiratórios, além de bronquiolite e diarreia.
Diante deste cenário, a Dra. Mirian explica que um dos principais desafios é promover o crescimento fora do útero com a mesma eficiência que a placenta. Ou seja, é recomendado se manter o bebê em desenvolvimento no útero o máximo de tempo possível.
Já após o nascimento, é importante que a mãe siga alguns cuidados, como manter uma nutrição adequada para promover um leite materno de qualidade, pois isso impactará diretamente na nutrição do bebê.
Os prematuros tem imunidade menos eficiente, mas a vacinação deve seguir normalmente o calendário nacional de imunização e a idade cronológica do bebê. Nos casos de prematuridade extrema é necessário aplicar anticorpos para evitar algumas doenças respiratórias.
Além disso, os especialistas recomendam evitar exposição a agentes virais e bacterianos. “Indicamos não colocar o prematuro em creches precocemente, além de ser importante evitar o fumo. O acompanhamento especializado é essencial para a evolução do quadro do bebê”, explica a especialista.
postado em 18 de janeiro de 2017
Especialista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim explica a diferença
É muito comum que os pais dos recém-nascidos confundam cólicas com excesso de gases. Isso acontece porque, durante a fase do aleitamento materno, as cólicas intestinais são muito comuns, principalmente dos 15 dias até os três meses de idade, e costumam ser acompanhadas da presença de gases.
No entanto, as cólicas não são ocasionadas por gases. Elas ocorrem, sobretudo, pela imaturidade do sistema digestivo. “Durante os primeiros meses de vida, a movimentação das paredes do intestino está ainda um pouco descoordenada. Somado a isso, o intestino, quando recebe alimento, precisa acelerar a velocidade destes movimentos, aumentando tanto a contração do intestino quanto a dor das cólicas”, explica a Dra. Milena Catani, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
Os gases, na verdade, podem contribuir para uma piora das dores, porque contribuem para uma maior distensão das paredes do intestino, que ficam cheias de ar. Antes do início da introdução complementar de alimentos, a presença dos gases pode ser causada pela ingestão de ar ou pela fermentação do leite no intestino.
“Por vezes, também, o bebê pode não conseguir coordenar a respiração com a capacidade de engolir, em geral no início da mamada, e repete os movimentos de sugar muitas vezes, motivo também porque muitos bebês engasgam”, acrescenta a especialista. A dificuldade de respirar e engolir pode acontecer, ainda, se o bebê estiver com o nariz obstruído, pois não conseguirá respirar corretamente e irá precisar abrir a boca.
Para lidar com o problema das cólicas, massagens, como a shantala, costumam ajudar. Elas contribuem para relaxar os músculos dos bebês, diminuindo também o desconforto dos gases e ajudando a acalmar a criança. Outra orientação é colocar um pano aquecido ou uma bolsa de sementes aquecida na barriga do bebê, sempre tomando cuidado com a temperatura, para não queimar a pele sensível.
“Geralmente, oriento a fazer massagens antes de começar a mamada, no sentido horário, em movimento circular, ou mexer as pernas próximas à barriga, como se o bebê estivesse pedalando. Não recomendo as massagens imediatamente após a mamada, porque o bebê pode acabar regurgitando, colocando para fora o leite que não teve tempo de digerir”, diz a médica.
Na maioria dos bebês entre 15 dias e três meses de idade, as cólicas fazem parte do desenvolvimento normal e não é necessário dar remédios. “Em alguns poucos casos, se estiverem acompanhadas de outros sintomas como vômitos, diarreia, alterações no aspecto da pele, coceira e principalmente dificuldade no ganho de peso, podemos ter um diagnóstico de alergia alimentar. Neste caso é fundamental passar pela avaliação do pediatra”.
postado em 16 de fevereiro de 2016
Você conhece o Centro Especializado em Medicina Fetal do Hospital São Luiz Itaim? O CEMEFE disponibiliza um espaço diferenciado e aconchegante para atendimento de suas pacientes e possui equipamentos de última geração (4D) e equipe altamente especializada.
A realização de diversos exames durante o pré-natal, em parceria com o laboratório Fleury como responsável técnico dos exames, tem o objetivo de estimar riscos, avaliar e tratar possíveis complicações da gravidez. O Obstetra também conta com uma assessoria médica para auxiliar no manejo e em cuidados específicos para diagnósticos de anomalias.
Exames:
– DNA fetal no sangue materno;
– Biomarcadores para pré-eclâmpsia;
– Sexagem fetal; RH fetal;
– Rastreament bioquímico ampliado;
– Ultrassom tranvaginal, ultrassom morfológico de primeiro, segundo e terceiro trimestres, ultrassom obstétrico, ultrassom tridimensional e em tempo real (4D), ultrassom com dopplerfluxometria, avaliação do colo para rastreamento de TPP, doppler das artérias uterinas;
– Cardotocografia digital
– Perfil biofísico fetal.
Procedimentos invasivos:
– Aconselhamento genético;
– Biópsia de vilo corial;
– Amniocentese;
– Cordocentese;
– Pesquisa de maturidade fetal.
Procedimentos terapêuticos:
– Punções de cistos e drenagem de cavidades;
– Transfusão intrauterina;
– Amnioinfusão;
– Colocação de shunt tóraco-amniótico ou uroamniótico;
– Cirurgia fetal percutânea.
Os atendimentos são agendados através da Central de Reservas: (11) 3040-1234. Mais informações: http://www.saoluiz.com.br/unidades/itaim/sobre_a_unidade/estrutura/cemefe.aspx
postado em 13 de agosto de 2014
A realização regular de exames pré-natais tem permitido o diagnóstico mais frequente de doenças nos fetos e, consequentemente, a ocorrência de procedimentos ainda durante a gravidez, as chamadas cirurgias fetais.
Dr. Javier Miguelez, médico responsável pela Medicina Fetal do Hospital São Luiz, esclarece que “o derrame pleural ou hidrotórax é uma condição de extravasamento de líquido no pulmão do bebê”.
A pleura consiste em uma membrana delicada que recobre o pulmão pelo lado de fora (pleura visceral) e a superfície interna da parede torácica (pleura parietal). Entre essas duas membranas – ou pleuras – existe uma camada bem fina de líquido. Em outras palavras, o derrame pleural é o acúmulo excessivo de líquido neste espaço. Este excesso leva a uma situação muito grave para o feto, uma vez que ocorre a compressão dos pulmões, que não se desenvolvem bem. Este problema pode causar insuficiência respiratória, uma das principais causas de morte neonatal.
A cirurgia, neste caso, consiste na drenagem do líquido da pleura para o líquido do útero da mãe. Dr. Javier explica que por meio da ultrassonografia, “os médicos usam uma espécie de cateter especial – chamado shunt para “escoar” o líquido. Uma das pontas fica no tórax do feto e a outra, no útero da mãe”. Esta drenagem reduz o líquido e permite que os pulmões voltem a se desenvolver normalmente.
Quando realizada no terceiro trimestre de gestação, as chances são de 80% a 90% de sucesso.
#HospitalSaoLuiz #cirurgiafetal
postado em 4 de agosto de 2014
Há mais de dez anos, gestantes de alto risco não contavam com uma estrutura hospitalar própria para atender as suas necessidades e complicações gestacionais. Com a evolução da medicina e a criação de unidades semi-intensivas específicas para essas gestantes, o nascimento de bebês prematuros e os índices de complicações no parto e de mortalidade (mãe e bebê) diminuíram.
As unidades semi-intensivas realizam tratamento precoce da mãe e do feto durante a gestação e contam com uma equipe multidisciplinar composta por médicos especialistas em neonatologia, além de serviço de fisioterapia, psicologia hospitalar e avaliação nutricional. O Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, foi o pioneiro da rede particular no país a criar uma unidade semi-intensiva para a gestante, há dez anos, e tornou-se referência no tratamento precoce de doenças da gestação.
Segundo estudo realizado pelo Hospital e Maternidade São Luiz, o trabalho de parto prematuro é o diagnóstico mais comum nos casos (34%) de gestação de alto risco e merece extrema atenção. Manter o bebê por mais tempo dentro do útero cria condições favoráveis para um parto sem complicações e pode diminuir e até mesmo evitar a internação em uma UTI neonatal, por exemplo. Segundo levantamento do São Luiz, 10% dos partos ocorrem antes da 37ª semana de gestação.
Hipertensão, diabetes gestacional, incompetência do istmo cervical e acretismo placentário também estão entre as patologias mais frequentes em uma gestação de alto risco.
A maternidade tardia, após os 40 anos, é outro fator que pode propiciar uma gestação de risco. No entanto, com os novos tratamentos semi-intensivos a gestação nesta faixa-etária está menos preocupante e cada vez mais comum. Segundo levantamento do IBGE, de 2003 a 2012, o número de mulheres grávidas entre 40 e 44 anos, aumentou 17% no país. Somente no São Luiz, 1998 a 2008, por exemplo, houve um aumento de 106% no número de gestantes acima de 40 anos, com uma média de 8% ao ano.
Aumento de casos de mães acima dos 40 anos na Maternidade São Luiz:
No período de dez anos (1998 a 2008) o crescimento de 106% no número de casos, com uma média de 8% ao ano. Já entre 2012 e 2013, por exemplo, houve um aumento de 18,7% nas gestações acima dos 40 anos, sendo dois casos de mulheres acima de 50 anos.
Dados ano/número de casos (mães acima de 40 anos)
1998 – 213
1999 – 246
2000 -256
2001 – 244
2002 – 296
2003 – 348
2004 – 344
2005 – 362
2006 – 459
2007 – 423
2008 – 440
2012 – 458
2013 – 525 internações – 55% estavam acima de 30 semanas de gestação.
#HospitalSaoLuiz #maternidade #semi-intensiva
postado em 19 de maio de 2014
Amamentar é um dos gestos mais importantes para as mamães logo que seus filhos nascem. Porém em alguns casos isso não é possível, principalmente se o bebê precisa de uma atenção especial e é internado na Neonatal, onde o contato físico entre mãe e filho fica restrito. No entanto, mesmo na UTI Neonatal, as mães podem amamentar seus filhos de uma maneira indireta.
As unidades Itaim e Anália Franco do Hospital e Maternidade São Luiz possuem Bancos de Leite para os recém-nascidos da Neonatal e colaboradoras que voltaram a trabalhar após parto e que ainda estão amamentando. O leite é congelado e depois pasteurizado, o que permite uma validade de até seis meses – o leite retirado da mama, sem conservação, dura apenas 12h.
Monica Pontin, supervisora do Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno do Anália Franco, conta que para as mães que não podem estar próximas a seus filhos logo após seu nascimento, a retirada do leite para a alimentação do bebê aproxima a mãe do filho, além de ser fundamental para a recuperação e imunização do bebê, evitando complicações da saúde, por exemplo, intestinais.
Após a alta da Neonatal, o leite que o bebê não consome pode ter dois destinos: a mãe leva o produto pasteurizado para casa ou autoriza doá-lo para outras crianças, o que ocorre em 98% dos casos. Nesta situação, a doadora assina uma autorização e o alimento é encaminhado para hospitais públicos parceiros. A unidade Anália Franco, por exemplo, envia toda a doação para o Hospital e Maternidade Eleonor Mendes de Barros, no Tatuapé.
De janeiro a abril deste ano, a unidade Anália Franco já encaminhou 23 litros. O número é bem alto, comparado aos 38 litros doados em todo o ano de 2013.
#HospitalSaoLuiz #AnaliaFranco #Itaim #doacaodeleite #amamentacao
postado em 23 de abril de 2014
A hipotermia terapêutica é uma técnica utilizada pelos médicos caracterizada pela diminuição da temperatura corpórea do recém-nascido, atingindo níveis em torno de 34ºC.
Segundo a Dra. Graziela Lopes Del Ben, do Hospital São Luiz Itaim, ela é “utilizada e eficaz em casos de asfixia perinatal, mais precisamente nos casos de diminuição no fluxo sanguíneo cerebral e da oxigenação ao nível do sistema nervoso”.
Com o resfriamento, a atividade metabólica também diminui. O cérebro passa a consumir menos oxigênio, os batimentos cardíacos diminuem e o corpo entra numa espécie de hibernação. Como consequência, há uma “atenuação da lesão cerebral e a diminuição, a longo prazo, das sequelas neurológicas”, afirma a médica.
O Hospital São Luiz foi um dos pioneiros nesse tipo de terapêutica no Brasil.
postado em 21 de março de 2013
O leite materno deve ser o alimento exclusivo do bebê até os seis meses de vida, mas pode ser administrado junto com outras refeições até os dois anos de idade. Cientes de sua importância para o desenvolvimento da criança, ao retornar para o trabalho muitas mães enfrentam dúvidas e receios sobre como coletar seu leite para continuar amamentando seus filhos à distância.
“A qualidade microbiológica do leite depende integralmente da coleta, por isso as mães devem ficar atentas ao modo correto de realiza-la”, explica a enfermeira Patrícia Scalon.
Patrícia, que auxilia mães no Banco de Leite Humano do hospital, lembra que os cuidados devem começar já na higienização. A primeira tarefa é preparar o local (preferencialmente o quarto da mãe ou do bebê), prender os cabelos com uma touca e lavar as mãos e antebraços.
Já na hora de iniciar a sucção, a mãe pode escolher entre o método manual e a bomba, sendo a segunda opção mais recomendada para garantir o conforto. Nos primeiros dias é comum não conseguir obter o leite, entretanto conforme as mamas são estimuladas a produção aumenta.
Após o término do procedimento, a especialista enfatiza que o leite deve ser armazenado em vidro limpo com tampa plástica e guardado imediatamente no congelador, fora da porta e em um espaço exclusivo. Se refrigerado, o tempo de validade é de 12 horas; congelado, pode permanecer armazenado por até quinze dias. Para não perder o prazo, a dica é utilizar etiquetas com data e hora de coleta.
Nesse período de amamentação, é comum que a mãe ouça muitos mitos relacionados à alimentação, mas não há contraindicação. O importante é manter uma dieta balanceada, beber muito líquido e evitar comer em excesso alimentos ácidos e condimentados, além de não fumar e beber, é claro.
Banco de Leite Humano
Para mães que ainda estão no hospital, a Rede D’Or São Luiz possui o Grupo de Aleitamento Materno, que oferece o serviço de Banco de Leite Humano, responsável por ações de incentivo, apoio e promoção do aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção láctea da mãe e do seu processamento, controle de qualidade e distribuição. Esse banco trabalha apenas com o leite da mãe para o próprio filho.
postado em 21 de março de 2013
Conhecida popularmente como “amarelão”, a icterícia fisiológica atinge mais de 80% dos recém-nascidos e, se controlada, não apresenta riscos. Caracterizada por uma coloração nos olhos e na pele do bebê, a doença ocorre devido ao excesso de bilirrubina no sangue.
Segundo a neonatologista Dra. Graziela del Ben, isso ocorre porque, ao nascer, o fígado do bebê ainda está com capacidade limitada para capturar toda a quantidade de bilirrubina produzida.
A icterícia começa a se manifestar a partir do segundo dia após o nascimento e pode durar cerca de dez dias, ficando mais amarelada no quinto ou sexto e desaparecendo espontaneamente, geralmente começando por pés, pernas, barriga, tórax e, por último, pelo rosto.
Em um primeiro diagnóstico, o médico aperta suavemente o dedo indicador na cabeça e no corpo do bebê para verificar se a área fica amarelada ou se a cor da pele permanece igual. Posteriormente, é realizado o exame de sangue para detectar o nível de bilirrubina presente. De acordo com a neonatologista, é essencial determinar o grau da doença e manter acompanhamento médico após a alta, para que não aumente.
Nos casos em que a icterícia não desaparece sozinha, o médico pode indicar a fototerapia, também conhecida como banho de luz. A técnica consiste em colocar o bebê em um aparelho em contato com várias lâmpadas para ajudar a diluir a pigmentação, que será excretada por meio das fezes. “Garantir ao bebê uma boa mamada, com uma melhor sucção do leite, também traz grandes benefícios na eliminação da doença”, lembra a especialista.
Outro caso mais raro de icterícia é causado devido à incompatibilidade de sangue entre mães e filhos, como por exemplo, Rh- e RH+, respectivamente. Com a incapacidade de apurar o pigmento, a substância pode seguir para a corrente sanguínea e chegar ao sistema nervoso central. A especialista recomenda saber o tipo sanguíneo da mãe e do parceiro antes de engravidar, colaborando para a prevenção da doença.
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