Blog da Saúde

Entenda o acretismo placentário, condição que pode levar Kim Kardashian a perder o útero após o nascimento do segundo filho

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postado em 4 de setembro de 2015

Grávida de seis meses, a socialite norte-americana Kim Kardashian revelou recentemente que sofre de acretismo placentário – nome dado à placenta que adere de forma invasiva e agressiva à parede do útero – e corre o risco de ter que retirar o útero após o nascimento de seu segundo filho com o rapper Kanye West.

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O acretismo placentário é uma doença gestacional que pode levar a mulher a uma hemorragia severa e merece atenção. Por isso, Karina Zulli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, explica o que é esta condição, seus riscos e cuidados.

1. O que é acretismo placentário?
O acretismo placentário é uma doença caracterizada pela invasão profunda da placenta na parede uterina. “Quando o embrião chega ao útero normalmente um complexo vascular começa a ser gerado para a formação da placenta. Em alguns casos esse processo é deficiente, já que a placenta invade profundamente a cavidade uterina, podendo até comprometer órgãos próximos. Quanto maior for à invasão da placenta para dentro do útero e abdômen mais grave é a doença”, explica Karina Zulli.

2. Existe alguma pré-disposição à doença?
Sim, a pré-existência de cicatrizes no útero ocasionadas por cesáreas, curetagens, remoção de miomas e a ocorrência da placenta prévia podem predispor a grávida ao acretismo. “Nesses casos é possível prever a doença durante o pré-natal. O acompanhamento médico irá identificar a profundeza de penetração da placenta para tentar evitar complicações, que são inerentes apenas ao momento do parto. Mas não há como impedir que o acretismo ocorra e/ou progrida”, esclarece a especialista. Fora esses casos, geralmente não é possível prever a doença antes do nascimento do bebê.

3. Quais são os sintomas?
A maioria dos casos não apresenta sintomas específicos. No entanto, quando a gestante apresenta uma placenta de inserção mais baixa do que o normal, conhecida como placenta prévia, há chances de aparecer um sangramento vaginal vermelho vivo no terceiro trimestre da gestação.

4. Por que esta condição é tão perigosa?
“Porque durante o parto a placenta não sai por completo, comprometendo a contração uterina. Além disso, pode provocar uma hemorragia e até ser necessário remover o útero”, explica Karina.

5. Mulheres que tiveram acretismo placentário na primeira gestação podem engravidar novamente?
Segundo Karina Zulli, a segunda gestação é possível se o acretismo da primeira gestação não foi grave e o útero mantido. “Antes te iniciar as tentativas da segunda gestação é importante que a mulher seja submetida a uma histeroscopia diagnóstica, exame que irá avaliar o endométrio. Se o endométrio estiver refeito e o útero não apresentar grandes cicatrizes em sua extensão, a segunda gravidez está liberada. Mas, todos os cuidados devem ser tomados já no pré-natal e a mãe deve seguir com rigor as recomendações médicas, pois a recorrência da doença é possível”.

6. Existe tratamento?
Sim, o importante é que a doença seja previamente diagnosticada. Karina destaca a medicina intervencionista como uma grande inovação para o tratamento do acretismo placentário. Em alguns casos, os cuidados médicos começam ainda durante a gravidez. Outras medidas preventivas são tomadas na hora do porto. “Através de cateteres bloqueamos as artérias que irrigam a área comprometida para coibir o sangramento excessivo antes mesmo da retirada do bebe”, diz.

Você sabia?
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Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE: especialista do Hospital São Luiz esclarece os motivos que levaram 56,9% da população ao sobrepeso

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postado em 3 de setembro de 2015

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 56,9% dos brasileiros acima de 18 anos estão com excesso de peso e 20,8% são classificados como obesos.

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“O alto índice de sobrepeso é resultado do estilo de vida da sociedade atual. Hoje, temos menos tempo para cuidar da saúde, fácil acesso aos alimentos e muitas pessoas sedentárias. Além disso, o consumo de alimentos industrializados, corantes e carnes com excesso de hormônio alteram o processo endocrinológico e hormonal do organismo, resultando no ganho de peso”, explica Alexandre Elias, cirurgião bariátrico do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.

Além de afetar diretamente a saúde e o bem-estar, sobrepeso e a obesidade podem desencadear uma gama de doenças ligadas ao metabolismo, como diabetes tipo 2, pressão alta, gordura no fígado, acido úrico elevado e alterações do colesterol e dos triglicerídeos.

O tratamento da obesidade é progressivo e comportamental. “O primeiro passo do tratamento é a aceitação. Ou seja, é importante que o obeso entenda e reconheça que é portador de uma doença e que precisa de ajuda. Para que a mudança em relação aos hábitos alimentares e estilo de vida seja efetiva recomendamos que o paciente tenha o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais que entendem todos os aspectos da doença, possibilitando assim o melhor tratamento para cada tipo de necessidade”, diz o especialista.

Obesidade Mórbida
A obesidade mórbida é quando o indivíduo possui IMC acima de 40. Neste caso, o paciente passa a ser um candidato forte para realizar a cirurgia bariátrica e tem que procurar ajuda imediatamente. “A obesidade mórbida é um caso extremo no qual o indivíduo está com sério risco de complicações que podem ameaçar sua vida. Para isso é necessário seguir uma reeducação alimentar, ter acompanhamento psicológico e praticar atividade física. A cirurgia bariátrica também pode ser uma alternativa de tratamento à obesidade”, diz Alexandre Elias.

Índice de massa corporal
Um dos parâmetros mais comuns para calcular se uma pessoa está acima do peso, usado pelo Organização Mundial da Saúde (OMS), é o Índice de Massa Corporal (IMC). Esse índice é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros) (clique aqui para calcular o seu IMC). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado – revelando sobrepeso ou obesidade.

Protocolos de obstetrícia

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postado em 3 de setembro de 2015

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O São Luiz tem mais de 30 protocolos instituídos na área de obstetrícia. Fruto de trabalho de várias equipes e de cursos realizados ao longo de anos nos Centros de Estudos das unidades, o objetivo dos protocolos é fornecer informações e normatizar procedimentos no hospital.

Um dos exemplos mais importantes é o Protocolo de Hemorragias do 3º Trimestre. As patologias mais comuns são placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, ruptura de seio marginal, ruptura de vasa prévia, lesões cervicais, vaginais e vulvares. Elas podem causar nascimentos prematuros e, nos casos mais severos, morte fetal.

Diversos fatores podem influenciar nas patologias do terceiro trimestre, dentre elas a ocorrência de cesáreas anteriores, idade materna avançada, curetagens repetidas, cirurgias uterinas, gestações de gemelares, histórico familiar. Essas informações devem constar no pré-natal da gestante.

O Protocolo de Hemorragias do 3º Trimestre instrui a equipe assistencial e médica a como tratar cada suspeita. Por exemplo, se a mãe tiver um descolamento prematuro da placenta, é aconselhável o diagnóstico por ultrassonografia e o exame da cardiotocografia (para acompanhar o bem-estar do feto). Da mesma forma, orienta-se a respeito da conduta a ser adotada: se deve haver internação, quais exames laboratoriais precisam ser feitos durante o tratamento, quais as áreas de suporte deve ser comunicadas dentro da instituição.

Os protocolos na área de obstetrícia visam dar mais segurança às mães e aos bebês através de métodos e procedimentos anteriores comprovados pela prática da Medicina.

Câncer colorretal: campanha de prevenção contra o 3º tipo de câncer mais comum em homens

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postado em 3 de setembro de 2015

Este mês marca a campanha Setembro Verde, lançada pela Sociedade Brasileira de Coloproctogia (SBCP) para alertar a população sobre a necessidade de prevenção contra o câncer colorretal – terceiro tipo de câncer mais comum em homens no Brasil, superado apenas pelo de próstata e de pulmão, traqueia e brônquios. “Anualmente são identificados mais de 15 mil novos casos de câncer de cólon e reto em homens”, diz Jorge Luiz Nahas, oncologista do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim.

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Dr. Jorge Luiz Nahas explica quais são as causas, sintomas e formas de prevenção da doença que acomete, com mais frequência, pessoas a partir dos 50 anos:

1. Sintomas mais comuns: fezes escurecidas (coloração similar a da borra de café) ou com sangue, dor abdominal, anemia, mudança do hábito intestinal alternando diarreia e constipação intestinal;
2. População mais propensa a desenvolver a doença: “existem dois grupos mais propensos ao câncer colorretal. O primeiro, considerado moderado, é formado por homens acima de 50 anos sem histórico familiar da doença. O segundo, considerado de alto risco, é composto por pessoas de qualquer idade que apresentem os sintomas típicos da doença ou histórico familiar de câncer de intestino ou de doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou doença de crohn)”, explica o oncologista.
3. Principais causas do câncer colorretal:
– Hereditariedade;
– Obesidade e sedentarismo;
– Dieta com pouca quantidade de fibras e com excesso de gordura saturada, carnes vermelhas, carnes industrializadas e cereais refinados aumentam o risco de câncer colorretal;
– Tabagismo. “Fumantes de longa data são 18% mais propensos a desenvolver câncer colorretal se comparados com os não fumantes”, explica o oncologista;
– Consumo de álcool. Segundo Nahas, a ingestão diária de bebidas alcoólicas superior a 30g é um dos fatores de risco da doença;
4. Formas de prevenção: para diminuir as chances de desenvolver a doença recomenda-se:
– Evitar o tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
– Incluir hábitos saudáveis na rotina, como prática de atividade física e dieta balanceada rica em frutas e verduras, legumes, peixes e grãos integrais;
– Realizar os exames de rotina (pesquisa do sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia flexível ou colonoscopia) a partir dos 50 anos. Recomenda-se realizar os exames de triagem até os 75 anos de idade.
5. Diagnóstico: pode ser feito através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, teste de DNA fecal (novo método, onde marcadores do DNA humano são liberados pela neoplasia na luz intestinal), colonoscopia e entre outros métodos.
6. Tratamento: o especialista recomenda, sempre que possível, o tratamento cirúrgico, pois permite as maiores taxas de cura. A quimioterapia e radioterapia são indicados em casos avançados da doença.

Dia do Nutricionista

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postado em 31 de agosto de 2015

No Dia do Nutricionista, conversamos com Maria Elisa Yaemi, supervisora de nutrição do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, sobre a importante função deste profissional dentro do ambiente hospitalar.

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Maria Elisa Yaemi trabalha no Hospital e Maternidade São Luiz Itaim desde 1994. Antes disso, ela havia feito os quatro anos de graduação e trabalhado em algumas clínicas nas quais havia aprendido a traçar o perfil de cada paciente. Porém, foi dentro do hospital que ela conheceu várias áreas de sua profissão. “Trabalhar num hospital como o São Luiz é como atuar em diversas clínicas. Eu já passei por todas as alas dessa instituição, como UTI, UTI neonatal, maternidade, entre outras”.

Ela também diz que, desde que começou sua atuação profissional, a nutrição vem sendo cada vez mais reconhecida como uma importante parte da recuperação da saúde do paciente dentro do ambiente hospitalar. “Nós fazemos um monitoramento da segurança alimentar, garantindo a qualidade e controle de temperatura em toda a cadeia de produção até a chegada da refeição ao paciente. Além disso, a nutrição tem três importantes objetivos: a promoção, manutenção ou recuperação da saúde dos pacientes”.

Cuidado com as necessidades dos pacientes
Maria Elisa explica que cada paciente é um caso. “Um importante papel do nutricionista é promover a integração dos hábitos alimentares que o paciente já tem com suas necessidades, respeitando diferenças culturais como o veganismo, por exemplo”. A nutricionista explica que o paciente interna por diversos motivos, com nível de assistência e necessidades distintas, e que sua equipe, formada por mais de 100 profissionais, têm que garantir que a sua alimentação ajude na recuperação de sua saúde.

Além disso, outro importante papel feito pelo nutricionista é o da orientação de alta “Um exemplo disso são as orientações que damos às pacientes da maternidade para uma alimentação saudável no pós-parto. Não somente para a saúde das mamães, mas também em relação ao aleitamento e a saúde do bebê”.

Ambulatório de nutrição para colaboradores
Maria Elisa Yaemi e sua equipe também fazem um trabalho para promover a saúde de funcionários e colaboradores do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim. “Dentro do próprio hospital existe um ambulatório de nutrição voltado para promover o bem estar e a qualidade de vida das pessoas que trabalham aqui. Neste ambulatório, passamos orientações sobre alimentação saudável, entre outras ações, para toda a equipe que atua no hospital”.

Entenda a Síndrome dos Ovários Policísticos

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postado em 26 de agosto de 2015

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A formação de cistos durante a ovulação é normal e faz parte do funcionamento do ovário. Estes cistos são criados e desaparecem durante o ciclo menstrual. Porém, algumas mulheres apresentam disfunção hormonal que impendem esse bom funcionamento, fazendo com que os cistos permaneçam no ovário. A causa disso tem origem genética e é o que médicos chamam de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).

O Dr. Ricardo Andrade Freire, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica que quem tem irmãs ou mães com SOP possui 50% de chance de desenvolver essa doença. “Essa enfermidade pode afetar, principalmente, a fertilidade da mulher e gerar grande dificuldade de engravidar”. A Síndrome de Ovários Policísticos também gera ciclos menstruais irregulares com menor frequência de ovulação. Outros sintomas são o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade. A SOP também pode provocar o aumento de hormônios masculinos, facilitando o crescimento anormal de pelos em áreas como seios e queixo; surgimento de manchas na pele e aparecimento de acne.

O diagnóstico da SOP é complicado e depende de diversas variantes, e é feito a partir da avaliação de exames clínicos, ultrassom pélvico e dosagem de hormônios. Porém, Freire explica que portadoras desse distúrbio podem viver uma vida normal e engravidar através de remédios que controlem o nível hormonal. Além disso, alimentação boa e exercícios regulares também são indicados. “A Recomendação é que toda mulher visite seu ginecologista ao menos uma vez ao ano para fazer uma avaliação ovariana e hormonal. O ginecologista é o clínico da mulher que cuida também da sua qualidade de vida, o que inclui o acompanhamento de um ciclo menstrual saudável”.

Saiba o que é estenose aórtica e como tratar essa doença

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postado em 24 de agosto de 2015

Conversamos com o Dr. Luiz Alberto Mattos, Coordenador dos Serviços de Hemodinâmica e Intervenção Cardiovascular do Hospital São Luiz Morumbi, para saber mais sobre a estenose aórtica, problema que pode afetar até 5% da população com mais de 65 anos. Mattos também comenta sobre o recente desenvolvimento de técnica dedicada ao implante de uma nova valva aórtica por meio de cateterismo, o que provoca incisão mínima na perna ou no tórax.

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O que é estenose aórtica?
O coração humano, órgão único e responsável pela circulação de sangue no nosso organismo, é composto, principalmente, de músculo estriado cardíaco e apresenta quatro cavidades. Essas cavidades são os locais onde o sangue é armazenado e rapidamente transferido para oxigenação nos pulmões e posterior distribuição pelos órgãos do corpo.

Estas cavidades são separadas por válvulas que funcionam sincronicamente, sem interrupção, ao longo de toda a nossa vida, abrindo e se fechando, regulando a entrada e saída de sangue deste órgão.

Uma destas quatro se constitui na principal, a valva aórtica. Ela é responsável pela regulação da saída de sangue do coração quando da sua distribuição sistêmica.
A estenose nada mais é do que a obstrução da valva devido a calcificação e enrijecimento causados pelo processo de envelhecimento, além da influência da aterogenese e processos inflamatórios crônicos.

Quais as consequências desta obstrução?
A imobilidade dos folhetos da valva decorrentes da calcificação causa uma dificuldade de ejeção do sangue do coração para a circulação do corpo todo.
Essa degeneração é progressiva e irreversível. Não existem remédios que reduzam a sua progressão, principalmente quando já estabelecida.

A dificuldade progressiva da valva aórtica em funcionar corretamente promove aumento da pressão dentro do coração. Isso acaba desgastando o músculo cardíaco até a sua exaustão, caso não seja tratado em tempo hábil.

Quais os sintomas?
Dor no peito que simula a angina, que ocorre quando as artérias coronárias são obstruídas e durante o infarto.

Nos casos que não são diagnosticados, nem tão pouco tratados, a sequência será: falta de ar, sinais de insuficiência do coração, edema dos membros inferiores e, na situação final, desmaios.

Como é feito o diagnóstico?
A suspeita clínica é confirmada de imediato com o exame clínico do paciente. A ausculta do coração com um estetoscópio revela a presença de um sopro cardíaco marcante. O exame de ecocardiograma confirmará estes achados e a classificação do risco da doença.

Qual o tratamento?
Até o início deste século, o único tratamento eficaz era a cirurgia do coração com esternotomia: a abertura do osso central do tórax, mediante anestesia geral, e a troca da valva aórtica doente por uma prótese, similar à humana, construída com material bovino ou suíno, ou valvas metálicas.

Os resultados eram seguros e eficazes com a cirurgia?
Sim, porém este método apresenta algumas dificuldades. Os riscos imediatos, de morte ou ocorrência de derrame cerebral após o procedimento, aumentam com o avançar da idade biológica, principalmente se associado a presença de outras doenças. Estes riscos para os pacientes são uma evidencia inegável, já que esta é uma doença associada a velhice.

Além disso, as próteses possuem uma vida útil limitada (menor do que 10 anos, em média, nas biológicas, e maior nas metálicas que demandam, porém, a utilização de remédio anticoagulante, aqueles que reduzam a coagulação normal do corpo, para o resto da vida).

Qual a nova possibilidade de tratamento da estenose aórtica que evita a cirurgia do coração?
Nos últimos 10 anos, avanços marcantes das técnicas que evitam a cirurgia cardíaca, de peito aberto, ocorreram. Houve o desenvolvimento de técnica dedicada ao implante de uma nova valva aórtica, uma prótese biológica, por meio de cateterismo, o que provoca incisão mínima na perna ou no tórax, ou mesmo somente punção.

Isto fez com que uma nova possibilidade de tratamento fosse apresentada para pacientes idosos, muitas vezes não tratados devido ao elevado risco de morte com a cirurgia convencional e frequentemente relegados a faleceram precocemente e com péssima qualidade de vida.

Quem são os candidatos para realizarem a troca da valva aórtica por meio de cateterismo?
Pacientes portadores de estenose da valva aórtica grave, sintomáticos e com idade superior a 75 anos, associado a evidência de outras doenças que promovam a elevação do risco de morte frente a submissão da cirurgia cardíaca de peito aberto.

Existem outros critérios para indicação?
Sim estes candidatos em potencial são submetidos a um rigoroso processo de seleção prévio ao procedimento por cateter para conferência das medidas da valva aórtica cardíaca estenosada, assim como do estado das artérias coronárias e da perna, local de acesso necessário para efetivação do procedimento. De cada 10 candidatos em potencial, em média, apenas 2 a 3 são rejeitados.

Como é feito o procedimento?
Sob anestesia geral na sala de hemodinâmica e cateterismo cardíaco. Nesta sala, que possui raio-X com definição visual de última geração, é feita uma dupla punção no nível da região inguinal, nas artérias femorais. Através de cateteres específicos, uma nova valva biológica é implantada sob a original doente.

Este procedimento tem duração média de 90 minutos e, após a finalização, o paciente é acordado de imediato, recebendo alta para a sala de repouso, lúcido e com apenas sinais de duas punções na região inguinal.

A taxa de sucesso é superior a 95% com ocorrência de mortalidade, ao final de um mês, inferior a 5% em pacientes idosos e portadores de outras doenças sistêmicas.

Este procedimento está disponível em todos os hospitais?
Poucos centros brasileiros (menos de 30) têm habilitação e oferecem ao paciente a multimodalidade de métodos de imagem e equipe treinada de cardiologista intervencionista.

Um deles é o Hospital São Luiz Morumbi. O primeiro procedimento foi feito com êxito em maio de 2013. Uma equipe multidisciplinar, com a minha coordenação (Dr. Luiz Alberto Mattos), comprovou o pioneirismo e a capacidade única assistencial disponibilizada aos pacientes por este hospital.

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Equipe do Hospital São Luiz Morumbi que em 2013 foi uma das pioneiras no procedimento de implante de uma nova valva aórtica por meio de cateterismo

Entenda o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho

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postado em 20 de agosto de 2015

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Luciano, jogador de futebol que atua no ataque do Corinthians, sofreu na noite desta quarta-feira uma lesão no ligamento anterior cruzado (LCA) em um dos seus joelhos. Lucas Leite, ortopedista do Hospital São Luiz Morumbi, explica que essa é uma das principais lesões que acontecem nessa parte do corpo, principalmente em jogadores de futebol. “O ligamento cruzado anterior é o que estabiliza o joelho e o impede de fazer movimentos excessivos. A lesão nessa parte do corpo acontece quando o jogador está com o pé no chão e sofre uma entorse muito grande que coloca uma pressão forte sobre esse ligamento, que acaba se rompendo. É uma lesão comum já que esse é um movimento frequente na prática do futebol”.

Foi o que aconteceu com o atacante corintiano. Luciano sofreu uma torção no seu joelho quando estava sozinho tentando um giro para o arremate na área adversária. Leite explica que o tratamento para esse tipo de lesão em atletas é através de cirurgia, que deverá ser feita depois de alguns dias. “O tratamento é exclusivamente cirúrgico para retorno de atividade esportiva, possibilitando assim reconstruir a estabilidade articular. Se não fizer a reconstrução do LCA, o joelho poderá desencaixar com o tempo”.

O ortopedista explica que a cirurgia deve ser feita depois de alguns dias da lesão para esperar que inflamações agudas e sangramentos passem, diminuindo assim a chance de fibrose. Leite ainda explica que a fisioterapia começa no dia da cirurgia, e segue até a volta do jogador ao gramado, que deverá levar de 6 a 8 meses.

Porém, apesar do longo tempo para retomar a atividade, o time e a torcida não devem se preocupar se o boleiro manterá seu bom nível de futebol. “Essa é uma lesão que evolui muito bem e existe um bom domínio da técnica cirúrgica por parte dos ortopedistas. O tempo de recuperação é para o ligamento se fixar completamente no osso, e isso é algo fisiológico e que não dá para acelerar”.

Evite o diagnóstico tardio da Diabetes

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postado em 14 de agosto de 2015

Quando não tratada, doença pode evoluir para um quadro mais grave, levando à morte

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Segundo estudo da International Diabetes Federation (IDF), em todo mundo são 387 milhões de pessoas que sofrem de diabetes. Esse mesmo estudo indica que, dos portadores de diabetes, aproximadamente 47% não foram ainda diagnosticados e sofrem dessa doença sem saber e, consequentemente, sem realizarem tratamento adequado.

Ana Paula Cavalcanti Normando, endocrinologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica que muitas pessoas têm sintomas de diabetes mas não os associam com a doença. “Entre os sinais da diabetes estão beber muita água, urinar muito, ter muita fome e a perda de peso. Como beber água e perder peso é muitas vezes algo visto como saudável, a pessoa não se preocupa em procurar um médico”.

A diabetes ocorre quando a insulina não é suficiente ou não consegue agir de maneira adequada para metabolizar o açúcar presente nos alimentos e transformá-lo em energia, resultando no excesso de glicose na corrente sanguínea. Quando não tratada ela pode se desenvolver para um quadro mais grave, como coma diabético, podendo ser fatal. O mesmo estudo da IDF indicou que no ano passado 4,9 milhões de mortes foram causadas por essa doença, o que dá sete mortes por segundo.

Por isso, Ana Paula aconselha que a pessoa visite o médico caso ela, ou alguém de sua família, apresentem esses sintomas por um tempo maior de 15 dias. “Além disso, é muito importante que se mantenha uma qualidade de vida saudável. Dieta balanceada, exercícios físicos regulares e evitar a obesidade estão entre os principais fatores que se pode fazer para evitar desenvolver essa doença”.

Aleitamento acelera recuperação feminina no pós-parto e atua na prevenção de diabetes e câncer de mama

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postado em 6 de agosto de 2015

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As vantagens do aleitamento materno não se limitam ao recém-nascido. Amamentar faz bem para a saúde e bem-estar da mãe. Para lembrar a Semana Mundial do Aleitamento Materno, Patrícia Scalon consultora e enfermeira da equipe do Grupo de Apoio de Aleitamento Materno da Maternidade São Luiz Itaim, explica quais são esses benefícios:

1. Perda de peso: o aleitamento favorece a perda de peso durante a gestação. Amamentar gasta entre 400 e 600 calorias por dia.

2. Os hormônios responsáveis pela produção e ejeção de leite também agem na redução do sangramento no pós-parto (que dura em média 40 dias) e auxilia a cicatrização do útero. “O aleitamento tem um papel muito importante nesse processo, pois ao amamentar o útero é contraído. Isso auxilia que ele volte ao seu tamanho normal”, diz Patrícia. Caso o útero não cicatrize a mulher pode ter hemorragia.

3. O aleitamento materno exclusivo até o 6º mês também traz benefícios em longo prazo. “Mulheres que amamentaram terão menos chance de desenvolver diabetes, câncer de ovário e de mama no futuro”, explica a enfermeira.

Você sabia?
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