Blog da Saúde

Sete dúvidas das gestantes sobre o Zika vírus

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postado em 15 de dezembro de 2015

A relação do Zika vírus com o recente aumento de casos de microcefalia congênita é uma preocupação comum entre as mulheres, em especial as gestantes. O Ministério da Saúde lançou um protocolo de atendimento para mulheres em idade fértil e bebês com suspeita de microcefalia. Essas medidas visam antecipar o pré-natal das futuras grávidas para, assim, identificar eventuais suspeitas de má formação cerebral no primeiro trimestre gestacional, além disso o órgão irá prestar todos os cuidados às mães e bebês com este diagnóstico antes e depois do nascimento. Dr. Javier Miguelez, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, responde as dúvidas mais comuns das gestantes sobre como se proteger do Zika vírus:

Repelentes

1. Qual período da gestação é mais suscetível ao vírus?
Ainda não existem estudos científicos que comprovem o período gestacional de maior incidência do Zika vírus. Por analogia a outros vírus e casos de infecções congênitas em geral, acredita-se que o primeiro trimestre é o que apresenta mais riscos ao bebê. É neste período que o bebê está se formando e mais propenso aos agentes que causam má formação fetal, como radiação e alguns medicamentos.

2. Como a gestante pode se proteger do Zika Vírus?
O primeiro passo é eliminar os possíveis focos do mosquito e evitar viajar para as áreas endêmicas neste momento. Recomenda-se o uso de repelentes (permitidos para grávidas) e priorizar o uso de calças e blusas de manga comprida para diminuir as áreas expostas do corpo. Instalação de telas protetoras em janelas e portas e mosquiteiros sobre a cama também são alternativas para se proteger do mosquito.

2. Qual é o repelente mais indicado para a gestante?
Atualmente o repelente mais utilizado é a base de “icaridina” (Exposis) devido ao maior intervalo de aplicação, que é de 10 horas. Os demais repelentes apresentam um intervalo de aplicação menor, dependendo do produto escolhido é importante repassá-lo a cada 6 horas ou a cada 2 horas.

3. É necessário tomar algum cuidado na aplicação do repelente?
O repelente deve ser usado somente nas áreas expostas e sobre as roupas. Importante aplicá-lo sempre por último, ou seja, por cima do hidratante, filtro solar ou maquiagem.

5. O medo da microcefalia levou muitas gestantes a repetir ultrassons de rotina. Refazer o exame é necessário?
A microcefalia (má formação cerebral) pode ser diagnosticada durante a gestação pelo ultrassom de rotina, por isso algumas grávidas estão repetindo o exame. No entanto, gestantes que não moram nas regiões endêmicas (áreas com alto índice de pessoas infectadas pelo Zika vírus e microcefalia), como, por exemplo, no Nordeste, não precisam repetir o exame sem necessidade. Recomenda-se sempre consultar o ginecologista e obstetra e avaliar em conjunto o melhor procedimento.

6. De que forma a microcefalia é diagnosticada no ultrassom?
A microcefalia é uma má formação cerebral que faz com bebês nasçam com a circunferência cerebral menor do que o esperado, geralmente inferior a 33 cm. O ultrassom permite identificar esta medida e se está ou não de acordo com o período gestacional. “A microcefalia também está associada a casos de má formação cerebral grave, ou seja, calcificações e dilatações importantes no cérebro, que também podem ser diagnosticados no ultrassom pré-natal”, diz Dr. Javier Miguelês

7. O exame de ultrassom traz algum risco para o bebê?
O ultrassom não é prejudicial para a saúde da mãe e do bebê, mesmo que realizado várias vezes.

Como funciona a cirurgia robótica

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postado em 14 de dezembro de 2015

A cirurgia robótica (ou cirurgia assistida por robô) é minimamente invasiva, indicada para o tratamento de diversas patologias, principalmente na ginecologia, urologia, cirurgia geral, bariátrica, e até mesmo nas menos comuns, como a cirurgia de cabeça e pescoço, torácica, cardíaca e neurocirurgia. Esse procedimento possibilita ao paciente menos dor no pós-operatório, diminuição na perda de sangue durante a cirurgia, no menor tempo de internação e ainda possibilita uma recuperação e retorno mais rápido às atividades do dia-a-dia.

Por esses motivos, a técnica já é amplamente disseminada no mundo e em vários centros ocupam quase 90% da preferência das equipes médicas para realização de alguns tipos de procedimento como, por exemplo, a prostatectomia radical (retirada de toda a próstata e vesículas seminais por conta de um câncer) e a histerectomia (retirada do útero com ou sem as trompas e ovários).

O Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, o possui o sistema cirúrgico robótico Da Vinci Si. Trata-se de um sistema cirúrgico de alta tecnologia, com visão de alta definição em 3D, com braços mecânicos que reproduzem com precisão os movimentos do cirurgião, de uma maneira mais delicada, harmônica e muito estável, “filtrando” qualquer possibilidade de tremor. Comparada à cirurgia aberta e cirurgia laparoscópica convencional é um grande ganho, já que até o momento eram utilizadas visão 2D e instrumentos pouco articulados, que dificultam os movimentos mais detalhados.

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O sistema cirúrgico robótico Da Vinci Si é composto por três unidades: um console de comando com binoculares e “joysticks” para controle dos braços, local onde fica o cirurgião; uma torre de vídeo que une as informações do sistema; e o console do paciente, composto pelos quarto braços mecânicos com câmera e instrumentos cirúrgicos, que fica sobre a área do paciente a ser operada. Os instrumentos utilizam pequenas incisões para acessar a área a ser operada, assim como acontece na cirurgia laparoscópica pura. Embora seja conhecido como “robô”, este sistema não executa atividades com autonomia, ele reproduz os comandos, em tempo real, do cirurgião de uma maneira sutil.

Você sabe quais são as diferenças do Zika Vírus, Dengue e Chikungunya?

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postado em 10 de dezembro de 2015

Infectologista do Hospital São Luiz fala sobre os sintomas e características de cada doença

Os cuidados contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika, aumentaram recentemente após o Ministério da Saúde confirmar a relação do zika com o alto índice de casos de microcefalia no Nordeste. Embora transmitidas pelo mesmo agente, dengue, chikungunya e zika podem ser facilmente confundidas, já que parte de seus sintomas são parecidos. No entanto, algumas diferenças sutis podem indicar o quadro clínico correto. Dra. Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz Morumbi, explica quais são as características que identificam cada uma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Quais são os principais sintomas do Zika vírus?
Na maioria das vezes a infecção por Zika é assintomática. Somente 18% das pessoas infectadas apresentam sintomas, que são: febre baixa, manchas vermelhas na pele, vermelhidão nos olhos, conjuntivite e dor de cabeça.

Quais são os sintomas da Dengue?
Os primeiros sintomas da doença são febre alta (39° a 40°) de início abrupto com duração de até 48h, podendo estar associada a dor de cabeça, dor muscular, dor na barriga, presença de manchas vermelhas no corpo, náusea, sinais de desmaio e dificuldade na ingestão de líquidos. Há chances do quadro evoluir para choque hemorrágico (perda aguda de sangue).

Quais são os sintomas da chikungunya?
A doença começa de forma súbita com febre alta, geralmente acima de 38,5ºC, e dor articular intensa. As articulações que costumam ser mais afetadas são: falanges, tornozelos, pulsos e até joelhos, ombros e colunas. Manchas vermelhas na pele e inchaço também estão entre os principais sintomas.

Existe uma diferença significativa entre o Zika Vírus e a dengue?
Segundo a Dra. Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz Morumbi, o Zika vírus não costuma afetar as plaquetas sanguíneas, quadro comum em casos de dengue. Outra diferença é o risco de hemorragia – sinal preocupante em pacientes diagnosticados com dengue, porém no zika.

Confira no quadro abaixo quais são os principais sintomas e sua incidência em cada doença:

Diferencas aedis

Dez dúvidas que já passaram pela cabeça de quem sofre de enxaqueca

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postado em 8 de dezembro de 2015

Neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz fala sobre a doença que acomete com mais frequência mulheres. Alterações hormonais da gravidez e menopausa podem minimizar os sintomas

Woman stands beside big drawn brain

Quem sofre de enxaqueca deve tomar alguns cuidados para evitar as temidas “crises” caracterizadas por dores de cabeça intensas e latejantes, náuseas e intolerância à luminosidade e barulho. A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que acomete com mais frequência mulheres entre 20 e 35 anos, principalmente no período pré-menstrual. Embora a medicina ainda não tenha encontrado a cura da enxaqueca, existem tratamentos eficazes para diminuir a intensidade e frequência das dores.
Dr. Álvaro Pentagna, neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim, esclarece as principais dúvidas sobre a enxaqueca:
1. Quais são os sintomas mais comuns da enxaqueca?
Dor de cabeça latejante geralmente em apenas um lado da cabeça, náusea e sensação de incômodo na presença de luz e barulho são alguns dos sintomas.

2. O que pode ser feito para prevenir a enxaqueca?
Ter uma alimentação saudável rica em frutas, legumes e verduras, não consumir produtos industrializados, evitar a privação de sono, praticar atividade física regularmente e reduzir situações de estresse são alguns dos fatores que ajudam na prevenção da enxaqueca.

3. Por que alguns alimentos costumam provocar enxaqueca?
Não se sabe como o alimento influencia no surgimento da enxaqueca. Primeiro é necessário verificar se, de fato, a enxaqueca é provocada pelo consumo de algum alimento específico para depois retirá-lo da dieta.

5. Quais são eles?
Os alimentos que causam a enxaqueca variam de pessoa para pessoa, mas os mais relatados são: embutidos, laticínios, chocolate, bebidas alcoólicas (principalmente vinho tinto) e com cafeína (café, chá preto e chá mate), e alimentos ricos em glutamato monossódico (presente na culinária oriental e em industrializado). Embora menos comum, os alimentos cítricos também podem desencadear a enxaqueca para algumas pessoas.

6. A enxaqueca acomete mais homens ou mulheres?
As mulheres são as que mais sofrem de enxaqueca. Os sintomas começam na adolescência, mas tendem a ser mais intensos entre os 20 e 35 anos. Outra particularidade da enxaqueca feminina é a presença de um padrão familiar, ou seja, mãe e filha apresentam os mesmos sintomas e restrições alimentares.

7. Existe alguma relação entre as alterações hormonais femininas e a alta incidência da enxaqueca em mulheres?
Sim, inclusive as crises de enxaqueca costumam ser mais frequentes no período pré-menstrual. Acredita-se que queda da progesterona seja um dos fatores que podem provocar a enxaqueca antes da menstruação. Mulheres que sofrem de enxaqueca com aura (um dos tipos de encefaleia) devem tomar alguns cuidados pontuais. O uso de anticoncepcional oral não é recomendado e deve-se evitar o tabagismo, pois a enxaqueca com aura aumenta o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) no futuro.

8. A incidência da enxaqueca é a mesma durante a gestação e em mulheres na menopausa?
Durante a gravidez o quadro de enxaqueca costuma melhorar ou, pelo menos, permanecer igual. Já na menopausa, as mulheres param de ter enxaqueca devido às alterações hormonais.
9. O que fazer durante uma crise de enxaqueca?

Recomenda-se ir para um local silencioso e escuro e tomar o remédio para alívio da dor o quanto antes.

10. Quais são os tipos de tratamento?
Existem dois tipos de tratamento para a enxaqueca: um deles visa acabar com a dor pontualmente, ou seja, o medicamento (anti-inflamatírios e analgésicos) é usado sob demanda; enquanto o outro é de caráter preventivo, ou seja, o medicamento deve ser usado diariamente (com ou sem dor) a fim de evitar ou minimizar a intensidade do quadro. Neste caso os remédios prescritos costumam ser antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivo, antivertiginos entre outros.

Método não invasivo corrige deformidades em orelhas de recém-nascidos

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postado em 2 de dezembro de 2015

Técnica repara orelha de abano, dobras e outras imperfeições sem cirurgia

Um novo método desenvolvido nos Estados Unidos permite a reparação, logo após o nascimento, de orelhas de abano, de stahl e outras deformidades. A prótese de silicone, batizada de EarWell, remodela a cartilagem da área rapidamente, sem a realização de cirurgia.

“No primeiro mês de vida a cartilagem da orelha do recém-nascido ainda não está completamente formada e endurecida. Essa flexibilidade permite corrigir as imperfeições de forma não invasiva”, explica Dr. Maurício Orel, cirurgião plástico do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim.

Embora a prótese seja norte-americana, ela já é usada no Brasil. “A técnica é uma ótima alternativa aos métodos tradicionais (cirurgia ou uso de gesso), pois não machuca, não incomoda, não prejudica a audição do bebê e é feita nos primeiros meses de vida. A cirurgia de correção, por exemplo, exige anestesia geral e só pode ser feita a partir dos seis ou sete anos de idade”, diz Orel.

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Como usar a prótese de silicone: a aplicação correta do dispositivo é essencial para que a correção seja eficaz. Por isso, esse procedimento deve ser feito pelo cirurgião plástico. Primeiro o profissional molda a prótese conforme o formato da orelha e a necessidade de reparação para, em seguida, fixá-la na orelha com o auxílio de adesivos.

O tempo de uso da prótese é determinado pelo médico, mas geralmente costuma ser um ou dois meses. “Quanto mais cedo à técnica for usada (três primeiras semanas de vida), melhores e mais rápidos serão os resultados. Pois após o terceiro mês do bebê, a cartilagem da orelha começa a endurecer impossibilitando a reparação”, explica o cirurgião plástico.

Nas primeiras semanas de vida do recém-nascido os índices de estrógeno (hormônio responsável por deixar a cartilagem da orelha maleável) em seu organismo ainda são altos. Após o primeiro trimestre de vida do bebê o hormônio começa a diminuir e orelha começa a ficar mais rígida, por isso a correção via prótese de silicone não é mais eficaz.

Origem das deformidades na orelha: Dr. Maurício esclarece que as imperfeições na cartilagem da orelha podem ser ocasionadas por fatores genéticos ou pela posição intrauterina do bebê. “Essas deformidades não afetam o funcionamento da orelha e do ouvido. Mas, mesmo assim, por questões estéticas a procura pelos métodos de correção é alta”, diz.

Orelha

Apoio ao aleitamento materno

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postado em 1 de dezembro de 2015

Como devo amamentar? A pega está correta? Meu leite é suficiente? Essas são perguntas comuns entre as mulheres no início do aleitamento materno. Pensando nisso, a Maternidade São Luiz criou o GAAM (Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno) que visa incentivar a amamentação ainda no período de internação da mãe e do bebê, quando profissionais do GAAM tiram dúvidas e dão dicas sobre como amamentar corretamente.

Breast feeding

O suporte do GAAM continua após a internação pelo Disque Bebê – canal telefônico destinado para as mães de bebês que nasceram na Maternidade São Luiz -, através do qual as mães podem tirar dúvidas sobre cuidados com seu filho ou agendar uma consulta sobre aleitamento materno.
Além de todo o trabalho realizado pelos profissionais do GAAM, a Maternidade São Luiz também apoia o aleitamento materno na primeira hora de vida do recém-nascido. A amamentação logo após o nascimento é benéfica para mãe e bebê e não há contraindicação se os dois estão estáveis.

Disque Bebê
Unidade Itaim: (11) 3040-1649
Unidade Anália Franco: (11) 3386-1330

Site do Hospital São Luiz:
http://www.saoluiz.com.br/maternidade/mamaes_e_papais/grupo_apoio_aleitamento_materno.aspx

Varizes: Causas, sintomas e prevenção

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postado em 24 de novembro de 2015

Conversamos com Alexandre Fioranelli, cirurgião vascular do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, para saber um pouco mais sobre as causas e sintomas das varizes, e quais atitudes tomar para prevenir e remediar esse problema.

Painful varicose and spider veins on womans legs, who is active and working out, self-helping herself in overcoming the pain. Two active seniors in the background. Vascular disease, varicose veins problems, active life concept.

O que são as varizes?
Varizes consistem na dilatação, tortuosidade e alongamento de vasos sanguíneos venosos, prejudicando o retorno do sangue das extremidades do corpo para o coração, em função da perda da elasticidade e dilatação. Aparecem mais comumente em membros inferiores e é um problema que afeta quase 40% da população brasileira, sendo mais comum entre as mulheres, por causa do estrogênio e progesterona.
O principal fator que determina o surgimento das varizes é a hereditariedade.

Há relação direta entre uma certa idade e uma maior incidência do problema? Se sim, em qual idade ele geralmente aparece?
A incidência do problema varia de pessoa para pessoa e se há ou não predisposição genética. O que podemos dizer é que normalmente as varizes costumam aparecer após a puberdade, quando os homens crescem em estatura e as mulheres recebem uma carga maior de hormônio. Também são comuns na gravidez, em virtude do aumento do útero, o que dificulta o retorno do sangue venoso.

Quais seriam os primeiros indícios do problema?
Em virtude da veia dilatada, sua função fica comprometida, levando a sintomas iniciais como dor, sensação de peso, queimação, cansaço, inchaço ao redor do tornozelo e cãibras. Durante a menstruação e gravidez os sintomas tendem a piorar.

Quais são as principais recomendações para uma prevenção eficiente?
As recomendações para prevenir as varizes são as mesmas, independente da faixa etária. Isso porque o surgimento e intensidade do problema variam de pessoa para pessoa e da carga genética.
Diversos fatores devem ser levados em consideração, para que não surjam as varizes ou que elas não tenham tanto impacto:
= Uma alimentação saudável e balanceada para controle do excesso de peso é importante em qualquer faixa etária.
= Evitar ficar na mesma posição por períodos longos. Procurar andar a cada uma ou duas horas para movimentar os músculos da panturrilha. Realizar exercícios com os pés (como se estivesse apertando e soltando um pedal), mesmo sentado, auxilia na drenagem venosa. Movimente-se , isso auxilia o sangue a circular.
= Realizar exercícios aeróbicos, como natação, caminhada, corrida e bicicleta tem ação preventiva, pois melhora a função da panturrilha.
= Não utilizar roupas excessivamente apertadas como calças jeans, cintos, meias ou botas que pressionem as panturrilhas.
= Mantenha as pernas elevadas por um período de 20 a 30 minutos diariamente
= Sempre que possível, ao deitar-se, mantenha as pernas elevadas.
= Evitar o tabagismo. O cigarro é extremamente prejudicial e, associado com outros hábitos, pode ocasionar as varizes.

Existe recomendações específicas para mulheres?
Para as mulheres com predisposição genética para as varizes, cabe um alerta especial: com o uso do salto alto, o sangue pode ficar represado com mais facilidade nos músculos da panturrilha. Por outro lado, o pé reto também provoca um esforço maior para bombear o retorno venoso. O ideal, portanto, é a utilização de um salto baixo, de dois centímetros, para que esses músculos fiquem em posição confortável.
Além disso, O uso de anticoncepcionais também pode provocar o surgimento das varizes. Por isso, é recomendável consultar um especialista antes de iniciar o tratamento.

– Existe cuidados especiais para mulheres na menopausa?
A reposição hormonal é outro fator que pode estar associado ao surgimento das varizes. Para prevenir o surgimento do problema ou minimizar os sintomas recomenda-se consultar um especialista para maiores orientações antes de iniciar a reposição hormonal.
Com o avanço da idade, o colágeno existente na parede das veias tende a diminuir, facilitando a dilatação das veias, e em consequência o surgimento das varizes.
É indispensável a avaliação e orientação do cirurgião vascular tanto na ação preventiva como para tratamento dessa doença tão comum na sociedade moderna.

Entenda o que é a microcefalia

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postado em 18 de novembro de 2015

O aumento de casos de microcefalia em bebês recém-nascidos em certas regiões do Brasil tem deixado o governo e população preocupados. Ainda não é possível afirmar o motivo para esse aumento, apesar de que especialistas liguem casos de Zika vírus, que tem atingido principalmente o Nordeste, com esse surto de microcefalia nessas regiões. Esse desconhecimento, somado ao fato dessa ser uma condição pouco conhecida na população em geral, apesar de ser bem conhecida no meio médico, tem contribuído para disseminar um certo pânico entre gestantes e futuros pais. Por isso conversamos com o Dr. Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital São Luiz Jabaquara, para entender um pouco mais sobre a microcefalia:

Arzt misst den Kopfumfang eines Babys

O que é a microcefalia?
A microcefalia é condição patológica em que existem volume e peso encefálico muito menor do que o normal. A microcefalia é decorrente dessa lesão cerebral e isso pode ocasionar comprometimento cognitivo e motor.

Quais são as causas da microcefalia?
A lesão cerebral ocorre em algum momento durante a gestação, principalmente no primeiro e no segundo trimestre, por causa de algum fator que provoca um processo destrutivo ou mal formativo do encéfalo. Esses processos podem estar relacionados com fatores genéticos (má formação), ou algum fator externo destrutivo que tenha interferido no desenvolvimento do feto.
Os fatores externos podem estar relacionados ao uso de alguma substância (drogas, álcool e radiação) ou também pela interferência de alguma doença que a mãe tenha adquirido durante a gestação.

Quais são alguns exemplos de doenças que podem provocar a Microcefalia?
Um bom exemplo é a rubéola. A rubéola é causada por um vírus transmitido por tosse e contato que, fora da gravidez, é relativamente fácil de ser tratada e não representa grande perigo. Porém, essa doença é muito perigosa para mulheres na gestação, podendo ocasionar abortamentos ou danos ao feto como catarata e microcefalia. A sífilis, toxoplasmose e citomegalovírus são outros exemplos disso.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através de uma consulta médica, exames complementares, e por neuroimagem, através do ultrassom morfológico ou ressonância magnética fetal, por exemplo. O diagnóstico é feito medindo o perímetro cefálico.

E tem tratamento?
A microcefalia é decorrente da patologia de base. Essa patologia costuma não ter tratamento medicamentoso, e é simplesmente uma constatação de que alguma coisa patológica ocorreu no cérebro do bebê. A doença de base (o que causou a microcefalia) deve ser sempre procurada e diagnosticada.

Novembro Azul: Saiba mais sobre o câncer de próstata

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postado em 12 de novembro de 2015

Este mês marca o Novembro Azul, campanha dedicada a alertar homens sobre o câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens e o sexto mais comum no mundo. A próstata, que só existe no homem, é uma glândula que fica na base da bexiga e é responsável por produzir parte do líquido que forma o sêmen. Este órgão é responsável por 90% do líquido ejaculado durante o ato sexual, e por isso muito importante para reprodução. Apesar de ser um dos cânceres que mais afetam os homens, uma pesquisa recente divulgada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que 51% dos entrevistados não vão ao urologista. A maioria, portanto, nunca realizou exames essenciais para evitar essa doença.

Por isso, conversamos com Ricardo De La Roca, urologista do Hospital Jabaquara, para saber mais sobre o câncer de próstata:

Novembro Azul

O que é o câncer de próstata?
A próstata é um órgão composto de fibras musculares e tecido glandular – local no qual parte do líquido que forma o esperma é produzido. Hormônios masculinos, como testosterona, estimulam seu crescimento. Esse crescimento é benigno e faz parte do desenvolvimento masculina. Porém, ele pode também causar a hiperplasia prostática benigna (HPB), que provoca dificuldades no ato de urinar. Além do crescimento benigno, é possível ter a degeneração em algum lugar da próstata, o que provoca um dos tipos de cânceres que mais atacam o homem, fato que pode ocorrer paralelamente ao crescimento glandular.

Quais são os fatores de risco para esse câncer?
Homens com idade avançada, a partir de 50 anos. Além disso, sabe-se que pessoas que tenham caso na família de câncer de próstata têm 70% mais chance de desenvolverem a doença, sendo até recomendado, nesses casos, para homens que tenham histórico da doença na família fazerem exames mais cedo, a partir dos 40 anos. Além disso, existem pesquisas que ligam dieta com ingestão de carne processada, como hambúrguer, ao aumento do risco de ter esse câncer. Ainda não se sabe o motivo disso, mas é possível que as gorduras saturadas, junto com a carne e hormônios que são dados aos animais de para que eles cresçam mais rapidamente, sejam as possíveis causas. A falta de vitamina D é outro fator de risco.

Quais são os sintomas?
A maioria dos cânceres de próstata não causa sintomas até que atinjam um tamanho considerável – quando ele cresce e sai da glândula prostática, invadindo a base da bexiga e provocando sangramento com coágulos pela uretra. Por isso é importante fazer exames preventivos, podendo assim fazer a detecção precoce da doença.

Quais são os exames feitos para detectar essa doença?
A maioria dos homens desconhece um exame de sangue específico para detectar doenças prostáticas em geral, o que inclui o câncer de próstata, chamado PSA. O PSA é uma enzima produzida pela próstata e com características de marcador tumoral prostático. Em outras palavras, ela é utilizada para o diagnóstico, o monitoramento e o controle da evolução do câncer de próstata. Além disso, pode ser feito ultrassom para visualizar crescimento glandular e presença de nódulos, e exame de toque para sentir nódulos e endurecimento da glândula.

Quais os tratamentos?
O tratamento vai depender de cada caso e leva em conta a idade do paciente, expectativa de vida, objetivos e tipo de tumor.
Ele pode ser feito por radioterapia que irá “queimar” a glândula prostática e eliminar as células malignas. Após esse tratamento, o paciente terá grande chance de ter uma vida sexual ativa, podendo existir uma diminuição da quantidade de ejaculação. Porém, existe a chance de o tumor voltar mais forte em alguns anos.
Outra opção de tratamento é através de cirurgia que retirará a próstata. Depois disso, o paciente passa a ejacular seco, sem líquido, e, desde que não tenha lesado os nervos penianos que passam lateralmente à glândula, a ereção será mantida. Porém, o paciente não poderá mais ter filhos.

Psoríase: estigma e vergonha prejudicam a busca por tratamento

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postado em 29 de outubro de 2015

A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. Porém, existem pesquisas que mostram que o dano físico e mental provocado pela psoríase pode ser similar ou até mesmo maior do que o provocado pelo câncer, artrite e diabetes.

Os sintomas da psoríase variam de paciente para paciente, mas normalmente incluem manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas, coceira, queimação e dor. A Dra Samar Mohamad El Harati, dermatologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica que um dos motivos para o dano psicológico provocado pela psoríase vem do falso estigma de que essa doença é contagiosa.

“Por deixar marcas visíveis na pele, existe uma ideia de que a psoríase pode ser transmissível. Por isso, é preciso conscientizar a sociedade que o contato não precisa ser evitado, e é possível controlar essa doença com tratamento adequado”. Samar explica que por esse motivo, por afetar a qualidade de vida e autoestima e pelo medo do diagnóstico, já que é uma doença crônica, muitas pessoas deixam de procurar um médico e buscar tratamento.

Tratamento

itchiness

A psoríase não tem grupo de risco e qualquer pessoa pode desenvolver a doença, independente de cor, raça, sexo e idade. Porém, questões genéticas, estresse, obesidade, tempo frio, consumo de bebidas alcóolicas e tabagismo podem acelerar e desencadear o surgimento dessa doença. Por isso, a alimentação saudável e bons hábitos de vida ajudam no controle da doença.

A Dra Samar explica que, em casos leves, a simples hidratação da pele por cremes tópicos e a exposição diária ao sol bastam para melhor o quadro clínico e controlar os sintomas. “Caso o quadro não melhore, ainda é possível utilizar um tratamento com exposição à luz ultravioleta que utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, com a luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora da luz”. Casos graves podem demandar medicação por via oral ou injetável. Muitas vezes, por afetar drasticamente a autoestima e qualidade de vida, é recomendável um acompanhamento psicológico.

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