postado em 12 de junho de 2018
O objetivo do dia de conscientização da cardiopatia congênita, celebrado hoje (12/6), é colaborar com a diminuição da mortalidade infantil.
Dia 12 de junho é celebrado o Dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita. A data tem como objetivo conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, da preparação dos hospitais e maternidades para atender esse paciente e sua família, além de profissionais que estejam aptos para dar todo o suporte e assistência a essas crianças.
A cardiopatia congênita é uma má formação que acomete o coração dos bebês. Dentre os defeitos congênitos, corresponde de 20% a 40% dos óbitos decorrentes de malformações. Segundo dado do Ministério da Saúde, é considerada a terceira maior causa de mortes de bebês antes de completar 30 dias e equivale a cerca de 10% das causas de mortalidade infantil.
Para a Dra. Cláudia Regina Pinheiro de Castro Grau, cardiologista pediátrica e fetal do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, a atenção à saúde do feto e da mãe é um dos fatores mais relevantes para a queda da mortalidade infantil. “O mais importante é orientar as famílias da importância do pré-natal bem feito, pois diagnosticar a doença durante a gestação melhora a perspectiva do tratamento das cardiopatias graves. Dependendo do caso, logo após o nascimento do bebê, a cirurgia já pode ser realizada, minimizando riscos e futuros problemas”, explica a especialista.
Além dos exames de ultrassom, toda grávida deve realizar o ecocardiograma fetal. É por meio dele que o médico especialista em cardiologia fetal observará as estruturas do coração do bebê e sua funcionalidade, verificando se estão de acordo com o esperado. “Atualmente é sugerido que o ecocardiograma fetal seja incluído na rotina do pré-natal, uma vez que 90% das más-formações cardíacas ocorrem sem nenhum fator de risco”, orienta a dra. Cláudia Regina.
Os fatores que podem levar ao desenvolvimento de uma cardiopatia congênita são diversos, que vão desde influência do ambiente, diabetes, lúpus, infecções congênitas, que alteram o desenvolvimento do coração fetal e ocorrem nas primeiras oito semanas de gravidez; uso de drogas, tabaco, medicações, exposição a raios-X durante a gravidez, até a herança familiar.
A identificação do problema auxilia o médico a fazer um planejamento do nascimento e do tratamento. Além de ajudar a família a entender melhor o que está por vir. “Em alguns casos o tratamento é intrauterino e, em outros, logo após o nascimento. Sua identificação precoce colaborará com o sucesso do procedimento, além de contribuir parra a melhora da morbidade e mortalidade infantil”, destaca. “É muito importante que as famílias escolham instituições que ofereçam uma infraestrutura completa, UTI neonatal, hemodinâmica, além de uma equipe multidisciplinar preparada e experiente”.
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