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Tire suas dúvidas sobre alergia alimentar

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postado em 14 de setembro de 2017

A alergia alimentar não é uma doença rara. Se você não sofre com algum tipo desta alergia, com certeza conhece alguém alérgico a um ou mais alimentos. Ela envolve um mecanismo imunológico e pode levar o paciente a apresentar sintomas de diferentes tipos e intensidades, que podem surgir na pele e nos sistemas gastrintestinal e respiratório. As reações podem variar de uma simples coceira nos lábios até casos mais graves, comprometendo vários órgãos.

A Dra. Yara Arruda Mello, alergologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, afirma que esta doença acomete de 6 a 8% das crianças com menos de três anos de idade e entre 2 a 3% dos adultos. “Trabalhos científicos têm demonstrado que sua prevalência vem aumentando nos últimos anos mundialmente”, reforça a especialista.

Mais frequentemente, as reações envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira e vermelhidão), o aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal e vômitos) e o sistema respiratório (tosse, rouquidão e chiado no peito). Porém, manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente, também podem acontecer.

É o caso da anafilaxia, uma reação alérgica repentina e grave, que necessita de socorro imediato. Entre os sintomas estão: coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarreia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (o “choque anafilático”).

Engana-se quem pensa que a quantidade do alimento ingerido determina a gravidade da reação, pois, muitas vezes, o indivíduo ingere algo que contém apenas traços do alimento em questão e já apresenta a manifestação clínica da alergia.

O diagnóstico da alergia alimentar é feito principalmente pela história clínica e pode ser confirmado através de testes cutâneos, exames laboratoriais ou até mesmo por testes de provocação, que devem ser realizados sempre por especialistas em alergologia e em ambientes adequados.

É importante não confundir a intolerância a algum alimento com alergia, como o leite, por exemplo. A intolerância à lactose ocorre quando o paciente não consegue digerir o açúcar do leite, a lactose, o que não envolve o mecanismo imunológico e não oferece risco de sintomas alérgicos, trazendo apenas a irritação do trato digestivo.

A predisposição genética é um importante para o desenvolvimento de alergia alimentar. Os principais alimentos envolvidos na infância são o leite de vaca e o ovo, seguidos de trigo, soja, oleaginosas e frutos do mar. “Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos que lhes provoca alergia, entre três e cinco anos de idade, mas a sensibilidade a amendoim, nozes, peixe e camarão raramente desaparece”, explica a Dra. Yara. O teste cutâneo pode permanecer positivo, mesmo com o aparecimento da tolerância ao alimento.

“Em alguns casos, principalmente nas crianças, a exclusão rigorosa do alimento parece promover a diminuição da alergia. A dieta de exclusão deve seguir orientação cuidadosa nutricional e sua reintrodução deverá ser acompanhada pelo médico especialista em alergologia responsável pelo paciente”, finaliza a médica.

Estresse pode desencadear crises alérgicas

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postado em 11 de julho de 2017

A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a algum agente externo, como ácaros, fungos, insetos, pelos de animais, pólen, alimentos e medicamentos. As doenças alérgicas (alimentares, dermatológicas ou respiratórias, por exemplo) podem ter vários gatilhos nos indivíduos predispostos geneticamente. O estresse pode ser um deles.

“Não é uma relação direta, mas o estresse pode mexer com o sistema imune e, eventualmente, piorar a crise ou deixar a pessoa mais suscetível. A causa não é o estresse, mas ele pode desencadear algo quando já havia uma predisposição genética”, diz a Dra. Yara Arruda Mello, alergologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.

Ela explique que, no caso da asma, o paciente acaba se sensibilizando com maior frequência aos ácaros, mas, em uma situação de estresse, ele pode ter os sintomas de crise ativados. Em todos os casos, porem, é essencial consultar o especialista para que os demais fatores alérgenos externos sejam descartados e se comprove que o estresse foi o gatilho.

O alívio dos sintomas depende de cada doença, mas o recomendável para qualquer pessoa em qualquer situação é levar uma vida mais saudável para que todo o organismo funcione de maneira adequada. “Não só evitar o estresse, mas também ter um sono regulado e uma dieta balanceada. Atividade física também é bastante importante. Algumas pessoas gostam de dançar, outras preferem meditar. Cada um deve identificar qual atividade que funciona melhor”, afirma a médica.

Segundo a especialista, o mais importante é que as pessoas tenham consciência do que está acontecendo e o diagnóstico correto e bem apurado dessas doenças, sigam a orientação médica e um plano de ação feito com o alergologista, para saber como proceder no momento de cada uma das crises e de uma emergência.

Alternativas para o chocolate tradicional

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postado em 21 de março de 2013

Chocolate

Para quem possuí restrições alimentares, como à lactose, a Páscoa é uma época e em que, para não cair em tentação, ocorre um aumento na busca por produtos específicos para matar a vontade sem prejudicar a saúde.

Segundo a alergologista Dra. Yara Mello, “para essas pessoas, recomenda-se os chocolates puros, apenas com cacau, ou os ovos feitos com soja, que podem ser encontrados em casas especializadas”.

Diferente do que muitos imaginam, intolerância e alergia são formas distintas, com sintomas e tratamentos diferentes, por isso é importante buscar o diagnóstico correto. No caso da alergia à lactose, ela se manifesta normalmente na infância e afeta o sistema imunológico, o trato digestivo e outros órgãos, como a pele.

De acordo a especialista, o corpo de quem tem alergia é sensibilizado quando entra em contato com a proteína do leite e, enquanto desenvolve o anticorpo IgE, inicia-se uma reação alérgica. Entre os sintomas mais comuns estão vômito, diarreia, sangramento nas fezes, reações cutâneas, urticária e, mais raramente, anafilaxia, queda de pressão, sensação de dor abdominal e perda de ar, que podem se manifestar imediatamente após a ingestão.

Já a intolerância à lactose é a deficiência do corpo de digerir a enzima lactase ou a ausência da mesma, que é necessária para cortar a lactose durante a digestão. Após a ingestão, se a lactose não for quebrada, ela passará a causar irritação, colite ou cólica, flatulência, distensão abdominal e até diarreia, podendo se manifestar apenas algumas horas depois.

Nesses casos é possível que o paciente tome cápsulas ou comprimidos com lactase antes de ingerir alimentos com lactose.

O diagnóstico é feito por meio de exames, entre eles os testes de tolerância à lactose e do PH das fezes. Já o tratamento deve ter acompanhamento médico e, em muitos casos, é necessária a diminuição ou remoção dos alimentos que contém lactose já traz diferenças. “O essencial é que o paciente vá ao médico e entenda o tipo da doença para não correr riscos de ficar com deficiência de determinado alimento sem a real necessidade”, lembra.

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