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Como identificar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

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postado em 21 de agosto de 2014

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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o distúrbio neurocomportamental mais recorrente na infância e na adolescência e, portanto, o mais estudado atualmente.

O médico responsável pela neuropediatria das unidades Morumbi e Anália Franco do Hospital São Luiz, Dr. Paulo Breinis, explica que o transtorno tem base genética, acomete cerca de 5,8% da população e é diagnosticado principalmente em crianças. É possível identificar o TDAH a partir dos cinco anos, mas a maioria dos casos é diagnosticada quando os pequenos têm entre sete e oito anos. Na infância, a doença acomete mais os meninos, mas na adolescência, a prevalência é de dois para um.

Quem sofre de TDAH pode ter a prevalência de dois tipos de sintomas (desatenção ou hiperatividade). O mais comum, porém, é que o paciente sofra de uma combinação dos dois tipos de sinais.

Segundo o especialista, são exemplos de sintomas de desatenção: descuido em atividades escolares, falta de atenção a detalhes, dificuldade em se concentrar, em seguir instruções e em organizar tarefas. O paciente também costuma perder objetos com frequência e se distrair facilmente por algum estímulo externo à tarefa que deveria executar.

Os jovens que sofrem de hiperatividade se mexem o tempo inteiro, andam em sala de aula, escalam objetos, não conseguem ficar sentados durante as refeições, dão respostas precipitadas, falam em demasia e têm dificuldade para aguardar sua vez em filas.

“É importante orientar os pais e os professores em relação ao transtorno, uma vez que ele é para a vida inteira e não tem cura. Principalmente nas classes mais baixas, o TDAH ainda é subdiagnosticado”, afirma o neuropediatra.

Caso percebam esses sintomas nos filhos, Dr. Paulo recomenda que os pais levem a criança ao médico. Os especialistas mais indicados para fazer o diagnóstico são o neuropediatra, o psiquiatra infantil.

O tratamento ideal é realizado por diversos profissionais e combina a terapia cognitiva comportamental ao uso de medicamentos, que agem sobre os neurotransmissores e aumentam o tempo de atenção e concentração do paciente. Os mais utilizados são Ritalina ou Cocerta – nomes comerciais do metilfenidato – ou Venvanse, nome comercial da lisdexanfetamina, esclarece.

“Apesar de haver muito preconceito contra essas drogas, é preciso entender que elas têm um ótimo efeito. Entre 70% a 80% dos pacientes que utilizam os medicamentos têm sucesso no tratamento. A cultura do brasileiro de tentar não medicar pode fazer com que a criança ou o adolescente sofra demais. Apesar do TDAH não ter nada a ver com a inteligência, o jovem pode repetir o ano, ser vítima de bullying dos colegas, ficar com a autoestima baixa porque sofrerá uma série de derrotas na escola.”

Ocorrência em adultos

Antigamente, a doença era diagnosticada apenas em crianças e adolescentes. Nos últimos anos, porém, os adultos também têm recebido o diagnóstico e é praticamente igual o número de mulheres e homens que sofrem do transtorno.

“Normalmente, eles apresentam sintomas de desatenção, uma vez que com a idade, o componente da exacerbação da hiperatividade reduz. Há estatísticas de que a persistência do transtorno em adultos chega a 50%”, conclui.

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Você sabe o que caracteriza o autismo?

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postado em 18 de junho de 2014

Hoje é o Dia Mundial do Orgulho Autista. O autismo é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica cujo diagnóstico é puramente clínico.

“O transtorno é caracterizado por limitações na interação social do indivíduo e também pelo padrão de comportamento repetitivo – estereotipias e manias -, como bater as mãos e ficar olhando coisas que giram, por exemplo”, explica Dr. Paulo Breinis, médico responsável pela neuropediatria da unidade Jabaquara do Hospital São Luiz. Outro sinal bastante recorrente, mas não obrigatório, é a dificuldade no domínio da linguagem.

Os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) variam desde quadros graves em que o paciente é incapaz de qualquer interação com outras pessoas até quadros mais leves, como a Síndrome de Asperger, em que o indivíduo pode levar uma vida praticamente normal.

Em geral, os sinais aparecem quando a criança tem entre um ano e meio e dois anos. “É nesta fase, quando ela deveria interagir mais com as pessoas ao seu redor, que os pais percebem que seu filho é diferente de outras crianças da mesma idade”, afirma.

De acordo com o Dr. Paulo, o melhor especialista para fazer o diagnóstico é o neuropediatra, “já que existem muitas doenças com os mesmos sintomas de atraso global no desenvolvimento que são confundidas com o autismo”.

O diagnóstico do autismo normalmente é feito quando a criança tem entre dois e três anos. “A partir deste momento, são utilizados principalmente dois tipos de terapias: a fonoaudiologia e a terapia ocupacional”, conclui.

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