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Cuidados com a coqueluche

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postado em 29 de setembro de 2011

A Secretaria de Saúde registrou aumento no número de pessoas com coqueluche no Estado de São Paulo neste ano. Até 19 de julho, foram diagnosticados 183 casos frente a 176 em 2010. De acordo com o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), o Brasil contabilizou 593 quadros da doença, dentre os quais 80% deles referem-se a bebês.

“A coqueluche é uma doença que, eventualmente, passa despercebida em adultos, sendo interpretada como sinusite ou gripe. O problema é que pessoas infectadas fiquem próximas a bebês, transmitindo a bactéria a crianças que ainda não tiveram oportunidade de completar a vacinação”, afirma Dr. Marco Aurélio Sáfadi, infectologista infantil do Hospital e Maternidade São Luiz. “Essa patologia, geralmente, é bastante dramática no primeiro ano de vida por ser associada a complicações pulmonares potencialmente graves”, explica.

A bactéria Bordetella pertussis, causadora da doença, gera uma toxina que desencadeia tosse, catarro e coriza. A principal característica da coqueluche são tosses ininterruptas e, por isso, é popularmente conhecida como tosse comprida.

A vacina para evitá-la é ministrada em três doses, com primeiro reforço realizado com um ano e o segundo, por volta dos cinco ou seis anos. Portanto, é essencial que indivíduos na idade adulta busquem ser vacinados novamente, sobretudo, na faixa etária em que há maior probabilidade de se tornarem pais ou quando há convívio com crianças. Importante alvo a ser orientado, as gestantes precisam receber recomendações antes de engravidar ou ainda no pré-natal, uma vez que o contágio pode ocorrer através da placenta no momento do parto.

As vacinas chamadas inativas, que contêm vírus ou bactérias mortos, podem ser tomadas por grávidas. Confira abaixo os tipos indicados:

  • Tríplice: combate ao tétano, difteria e coqueluche;
  • Gripe: além do tipo contra H1N1, também para os demais vírus, pois a gestação pode alterar o equilíbrio imunológico da mulher, sendo que há chance de a gripe se converter em um risco à mulher, que, em alguns casos, fica sob observação na UTI;
  • Poliomielite inativada;
  • Hepatites A e B.

“A análise da necessidade de vacinação na gestante deveria ser incluída no pré-natal com o objetivo de proteger e assegurar a saúde tanto à mãe quanto ao feto e ao bebê”, comenta o especialista.

É fundamental, entretanto, ter cuidado na recomendação da vacinação a grávidas, porque existem tipos que são contraindicados por possuírem na formulação componentes vivos que simulam a infecção no organismo, os quais podem alcançar o feto. Alguns exemplos são as vacinas de sarampo, caxumba, catapora, rubéola, poliomielite, BCG, febre amarela.

 

 

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