Estudo britânico conduzido pela Loughborough University com 104 crianças de 3 a 6 anos, garante que obrigar a criança a “raspar o prato” pode ter efeito inverso, ou seja, despertar nela uma aversão à comida e, com isso, fazer com que coma menos.

Além disso, a noção de saciedade também pode ficar comprometida, pois ela tem de perceber sozinha quando está satisfeita.

“As crianças são como os adultos, há dias em que estamos naturalmente com menos apetite”, diz Mirian Martinez, nutricionista do Hospital e Maternidade São Luiz. Então, o ideal é respeitar a fome do seu filho.

A questão da saciedade pode levar a outro problema: a obesidade. “Uma criança que só sabe quando parar de comer por conta das ordens do pai poderá ingerir alimentos em excesso quando estiver sem os adultos por perto”, explica a nutricionista.

Para te auxiliar, o Hospital e Maternidade São Luiz preparou algumas dicas para você incentivar seu filho a comer bem sem causar nenhum problema futuro. Confira:

• Forçar a comer não é a mesma coisa que oferecer alimentos novos. É preciso insistir mais de uma vez com comidas diferentes, mas respeitar o paladar da criança. Uma ideia é oferecer um legume novo, por exemplo, no momento em que a criança está com mais fome.

• A criança não vai ficar doente se não comer bem um dia. Assim como nós, elas têm reserva de energia.

• Imponha horários, assim seu filho saberá que não adianta comer rápido e pouco para brincar.

• Evite muitos líquidos durante as refeições. Eles dão impressão de saciedade em curto prazo e fazem as crianças comerem menos do que precisam.

• Cuide da sua ansiedade. Sua expectativa pode ser maior do que a fome do seu filho.

• O disfarce de um alimento é aceitável desde que o mesmo seja oferecido em sua forma natural. Tudo bem picar aqueles legumes que ele não come e cozinhar com o arroz, mas ele também precisa aparecer no prato do seu filho de forma mais visível.

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