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Saiba mais sobre o câncer de tireoide

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postado em 30 de dezembro de 2011

Durante essa semana, a presidenta argentina Cristina Kirchner anunciou que estava se tratando de um câncer na tireoide, o que fez com que muitas pessoas desejassem saber mais sobre essa doença que, de acordo com o INCA, correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer de 1994 a 1998 e a 6,4% de todos os cânceres da cabeça e pescoço.

O que é a tireoide?

Ela é uma glândula responsável pela produção de hormônios que interferem no funcionamento de vários orgãos do corpo humano, como o coração, os rins, intestino e, no caso das mulheres, regula o ciclo menstrual. Ela tem apenas 25 gramas e fica no pescoço, entre a laringe e a faringe.

 Quais os tipos de câncer ?

A tireoide pode desenvolver quatro tipos de câncer: o Papilífero, que é o menos agressivo e corresponde a cerca de 80% dos casos; o Folicular, que atinge cerca de 15% dos pacientes; Medular, um pouco mais forte, que aparece em cerca de 3 a 5% dos atingidos; e o Anaplásico, a forma mais agressiva que corresponde a 1% dos cânceres e normalmente aparece em idosos com mais de 70 anos.

Fatores de risco

Segundo o cirurgião Dorival de Carlucci, do Hospital São Luiz, a exposição à radiação pode desencadear a doença. Por exemplo, com o acidente nuclear de Fukushima,no Japão, a incidência deste câncer aumentou bastante, assim como aconteceu em Chernobyl e em Goiânia, no acidente radiológico”, afirma.

Por isso, pessoas que lidam com a radiação no dia a dia, seja a trabalho ou para um tratamento de saúde, devem ficar atentos pois, segundo Carlucci, não é possível prevenir esse tipo de câncer, que só é detectado a partir de uma ultrassonografia.

Mulheres de 30 a 40 anos costumam ter mais nódulos de tireoide. “Para que se tenha noção, 40% das mulheres apresentam qualquer tipo de nódulo na glândula. Dessas, 8% tem câncer”, aponta Carlucci.

Tratamento

O paciente precisa se submeter a três etapas para conseguir eliminar o nódulo cancerígeno:

 – a remoção cirúrgica: a tireoide é removida a partir de uma cirurgia conhecida como tireoidectomia

 – ablação da tireoide: como tratamentos externos não funcionam com esse tipo de câncer, o paciente precisa ingerir iodo radioativo, que irá destruir as células de tireoide que sobraram depois da cirurgia.

“A região do pescoço é muito delicada. Por isso, nem sempre isso é possível retirar completamente a glândula da tireoide. Aí entra o iodo radioativo”, conta Carlucci. Como a glândula se alimenta de iodo, ela estará “se matando” aos poucos.

 -terapia hormonal supressiva: ocorre quando a tireoide é completamente removida do corpo, o que faz com que o paciente desenvolva o quadro de hipotireoidismo, tendo que se submeter a uma reposição hormonal por toda a vida.

O paciente deverá fazer exames de imagem periodicamente, como ultrassom do pescoço e radiografia do pulmão a cada seis meses ou um ano, pois, segundo o cirurgião a região do pescoço e dos pulmões e dos ossos são as mais ocorrentes no que se refere à metástase do câncer.

Além disso, é feita a dosagem periódica da tireoglobulina, substância produzida pela tireoide. “A substância fica zerada em quem não tem a glândula. Se a tireoglobulina subir no sangue, é indício de metástase em alguma parte do corpo”, completa.

Porém, os números de cura de são altos: aproximadamente 97% dos pacientes eliminam completamente o câncer.

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