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Conheça os perigos que a placenta prévia oferece para a gestante

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postado em 16 de janeiro de 2012

Um dos problemas que pode ser detectado durante os exames pré-natais é a placenta prévia. Diagnosticada por ultrassonografia nas últimas doze semanas da gravidez, acomete uma em cada 200 gestações e pode causar sangramentos e complicações no parto, seja normal ou cesárea.

Não existem métodos que ajudem a evitar o aparecimento da placenta prévia. Por isso, é importantíssimo que seja feito um pré-natal completo e adequado até os momentos finais da gravidez, com a finalidade de detectar e evitar possíveis problemas com a saúde da mãe e do bebê.

A placenta prévia se desenvolve na parte baixa do útero, podendo dificultar a passagem do feto durante o trabalho de parto. Geralmente, a placenta está localizada na lateral ou atrás do feto.

De acordo com nosso ginecologista, Dr. Ricardo Nadais, a patologia ocorre quando existe algum defeito na cavidade uterina, como uma cicatriz de cesárea ou de retirada de mioma, por exemplo.

“Fatores que resultam em trauma no útero como curetagem uterina pós-aborto e alguns processos infecciosos também podem ocasionar a placenta prévia”, explica.
A mãe costuma ser a mais prejudicada, pois o sangramento pode acarretar em anemia e necessidade de transfusão de sangue, alterações da coagulação e da função dos rins e, em poucos casos, em morte da gestante.

“Raramente a placenta prévia causa efeito direto sobre o feto. Isso só ocorre caso haja rompimento de partes da placenta, os cotilédones. Em casos de sangramento grave materno, pode ser necessário antecipar o parto, muitas vezes antes da maturidade do feto, que pode causar óbito perinatal”, complementa o Dr. Ricardo Nadais.

O quadro clínico mais comum é o sangramento após a metade da gestação. “Classificamos a placenta prévia de acordo com o grau de obstrução do trajeto do parto e através dos exames avaliamos se há mais ou menos riscos de hemorragias”, garante o médico. “É importante verificar o grau de sangramento e o tempo da gravidez, indicando-se internação, repouso, hemograma, avaliação fetal, transfusões e até mesmo interrupção da gravidez”, alerta.

De acordo com o Dr. Ricardo, outra complicação grave que pode ocorrer é o “acretismo placentário”, que é caracterizada pela aderência da placenta no músculo uterino, chamado de miométrio, podendo ser necessária a retirada do útero após o parto. “Para o acretismo placentário temos indicado procedimentos de cateterização das artérias uterinas na hora do parto, realizado por equipe especializada vascular, na tentativa de se diminuir o sangramento e a necessidade de retirada do útero”, finaliza.

 

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