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Praias impróprias para banho oferecem riscos de contaminação

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postado em 12 de janeiro de 2012

Durante o verão, o número de turistas que visitam as praias aumenta excessivamente. Além dos cuidados com pele e alimentação, quem pretende passar as férias de frente para o mar deve ficar de olho na qualidade da água.

De acordo com o boletim semanal divulgado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), das 156 praias paulistas monitoradas, 46 estão impróprias para banho.

De acordo com nosso infectologista, Dr. Marco Aurélio Sáfadi, as praias impróprias para banho são as principais responsáveis pelo aumento da incidência de casos de diarreia infecciosa e até mesmo intoxicações alimentares.

“A água do mar contaminada também traz risco de contaminação com vários agentes infecciosos como bactérias, vírus e parasitas”, explica.

Nestes casos, a Cetesb não recomenda o banho de mar nem a permanência na faixa de areia onde foi constatada a contaminação. As amostras recolhidas indicam a densidade de bactérias fecais presentes na água e são coletadas todos os domingos.

Para classificar a qualidade, a Cetesb contabiliza os resultados das últimas cinco semanas e, caso mais de 80% desses resultados estiverem abaixo do limite estabelecido, a praia é considerada imprópria para banho.

É o que acontece nos municípios de São Vicente, Santos e Praia Grande em que todas apresentam risco de contaminação.

Evitar visitar essas praias é a melhor maneira de prevenir um possível contato com a contaminação exposta. Ainda assim, quem frequentá-las deve ficar atento para não ingerir a água do mar e tomar o máximo de cuidado com os alimentos.

“Alimentos que ficam expostos a temperaturas ambientes elevadas, tornam-se meio propício para a proliferação de bactérias, devendo portanto se evitar o hábito de levar alimentos prontos para a praia, sem conservação térmica adequada”, acrescenta o Dr. Marco Aurélio Sáfadi.

Entre os vírus e bactérias que são frequentemente encontradas em praias impróprias para banho, destaca-se o norovírus, que, ao contrário do rotavírus, não é passível de prevenção por vacinas.

As crianças são as mais acometidas por infecções em regiões litorâneas, pois estão sempre em contato com a areia.

Dr. Marco Aurélio lista alguns fatores que também contribuem com o risco de infecções:

  • Consumo de ostras e outros frutos do mar crus e de procedência duvidosa;
  • Consumo de “raspadinhas”, sucos ou outros líquidos ou sorvetes com água da região, que possivelmente não tem tratamento adequado;
  • Contato diretamente com a areia acomete principalmente as crianças;
  • Ficar muito tempo no mar pode facilitar a absorção da água pelo organismo.

 

 

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