postado em 27 de fevereiro de 2012
Prevenir contra gravidez é só um dos motivos pelos quais as mulheres fazem uso de anticoncepcionais. Composta por hormônios do tipo estrogênio associados a algum do tipo progesterona ou somente progesterona, a fórmula ainda pode ser utilizada como parte do tratamento de doenças ginecológicas, como a sÃndrome dos ovários policÃsticos, cólicas e até TPM.
A eficiência da pÃlula é comprovada. O problema é que, nos primeiros meses, muitas mulheres têm dúvidas quanto ao uso e isso pode comprometer os efeitos do medicamento.
A maioria dos métodos hormonais deve começar a ser utilizado no inÃcio do ciclo ovulatório, ou seja, no primeiro dia da menstruação. Assim, cai o risco de que uma paciente grávida, e que não saiba, comece a tomar pÃlula.
Os especialistas lembram que o contraceptivo deve ser indicado por um médico, que explicará detalhadamente cada etapa do uso (diferente de acordo com o anticoncepcional).
Assim que a pÃlula for absorvida pelo organismo, processo que leva entre seis e oito horas, ela já começa a fazer efeito. Entretanto, se ela for a primeira pÃlula da primeira cartela, recomenda-se associar outro método anticoncepcional pelo menos no primeiro mês. Isso porque pode não ter ocorrido o bloqueio total da ovulação e também pela alta probabilidade de a paciente tomar o medicamento de forma errada, já que ainda não há a rotina.
Tomar a pÃlula no mesmo horário é fundamental para manter uma dose constante de hormônio no organismo, explica nossa ginecologista e obstetra, Dra. Daniela Maeyama, especialista em reprodução humana. “Tomar duas drágeas em um curto espaço de tempo gera uma carga excessiva de hormônio e não, necessariamente, mais eficaz”, complementa.
Por isso, pelo menos até o fim desta cartela, associe outro método contraceptivo à pÃlula, como a camisinha.
É importante lembrar que a pÃlula anticoncepcional impede apenas a gravidez, mas não previne contra doenças sexualmente transmissÃveis, como AIDS, a candidÃase e a gonorréia. Por isso, independente de tomar ou não pÃlula, o uso da camisinha é fundamental.
Algumas mulheres que não se adaptam bem a determinada pÃlula podem sofrer efeitos colaterais, como a retenção de lÃquidos. “Se este for o caso, a paciente deve consultar um ginecologista e solicitar a mudança do método contraceptivo”, aconselha Dra. Daniela. Segundo ela, hoje há diversas opções de pÃlulas no mercado, algumas com doses baixÃssimas de hormônios e que, provavelmente, não causarão esse tipo de efeito.
De acordo com a especialista, existem pÃlulas próprias para quem não quer mais menstruar e a decisão deve ser discutida junto ao médico. “Emendar a cartela que exige pausa vez ou outra não traz perigo, mas se a prática for contÃnua, pode criar uma dose hormonal muito elevada no organismo e até atrofiar o endométrio”, conta.
“Se a mulher fizer uso de uma pÃlula com 28 drágeas, sem pausa, ela não irá menstruar e ainda estará se prevenindo contra uma possÃvel gravidez”, afirma Dra. Daniela. Outras, que contêm menos drágeas (cartelas com 21 ou 24 pÃlulas) impedem a gestação, mas não a menstruação.
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