A Páscoa e o Natal possuem diversas coisas em comum. Mas a mais representativa delas é que em ambas os pequenos são apresentados nas lojas, revistas e Tv’s por personagens que não existem no mundo real, deixando muitos pais preocupados sobre qual a melhor maneira de contar a verdade à criança e quando isso pode ser feito sem que ela sinta um choque muito grande.

Mas os pais não precisam achar que esse “mundo do faz de conta” é prejudicial para o seu filho. Segundo o nosso pediatra, o Dr. Marcelo Reibscheid, “acreditar em Coelho da Páscoa é ótimo porque incentiva o mundo lúdico e a criatividade, e assim as crianças fazem coisas que não fariam sem algum incentivo. Um exemplo disso é quando o pai diz que se o filho se comportar, fizer a lição de casa ou tomar uma injeção, o Coelho da Páscoa vai trazer ovos de presente”.

A hora da verdade

Normalmente as crianças começam a duvidar da existência desses personagens a partir dos sete anos, a partir do contato com outras crianças da mesma idade. “Ela vai descobrir sozinha, ou virá perguntar aos pais, e nesse caso, os pais nunca devem mentir”, diz Reibscheid.

Se criança decidir perguntar aos pais, eles devem ser sinceros e contar a verdade de uma forma que ela possa compreender. “Os pais podem compará-lo com algo que as crianças já não acreditam mais. Por exemplo, dizer que o Coelho da Páscoa é só uma brincadeira, assim como os super-heróis ou princesas”, explica.

No caso de uma família com irmãos de idade próxima, onde um acredita e o outro não, é preciso ter um pouco mais de cuidado. Para o pediatra, o mais aconselhável é fazer tudo virar uma grande brincadeira “os pais devem combinar com o irmão que não acredita que vão ‘brincar de enganar’ o outro”. Dessa forma, a criança não irá entender como um pedido ou ordem para não contar e manterá o segredo.

“Cultivar o mito da data faz parte do encantamento da infância, que fica ainda mais gostoso com a participação e dedicação dos pais”, conclui o especialista.

Fonte Laguna News

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