Começando do princípio: você sabe o que é o HPV?

Essa é a sigla do vírus (Papilomavírus Humano), considerado como a principal enfermidade viral transmitida pelo sexo e normalmente relacionada apenas ao universo feminino, mas que também atinge aos homens.

Segundo Poliani Prizmic, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz, existem mais de cem tipos diferentes do vírus. “Apenas 30 a 40 tipos podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando diversas doenças, como as verrugas genitais, os cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis”, explica a especialista. “Na maioria dos casos, a doença não apresenta sintomas e é eliminada pelo organismo espontaneamente.”

A boa notícia é que já existe uma vacina contra o HPV, mas a ginecologista alerta que os outros métodos contraceptivos também devem ser utilizados. “Os pais devem orientar seus filhos a sempre usarem preservativos desde o início de sua vida sexual, conhecer muito bem o parceiro e se vacinar contrar a doença”, alerta a especialista.

 Câncer de Pênis

Segundo um levantamento realizado com pacientes atendidos no ambulatório de uro-oncologia do Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o HPV é responsável por 75% dos casos de câncer de pênis. “Não é possível comprovar que o vírus seja o único agente causador da doença”, ressalta Joaquim Claro, médico coordenador do serviço.

Outros fatores influenciam o aparecimento da doença, como a não retirada da fimose, uma pele extra que dificulta a limpeza do pênis. “Na unidade, mais da metade dos pacientes em tratamento não operaram de fimose, mesmo com indicação para a cirurgia de circuncisão”, diz o médico.

Mais comum a partir dos 50 anos de idade, este tipo de tumor é considerado raro pela taxa de incidência. Segundo as projeções do Inca (Instituto Nacional do Câncer), são registrados, em média, 5 mil casos anualmente. “Os primeiros sinais da doença são indolores e o homem costuma ignorar os ferimentos, achando que logo vão desaparecer. Porém, elas aumentam de tamanho e assumem grandes formas ao redor do órgão sexual e na região pélvica”, diz Joaquim Claro. “O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento”, explica.

Fonte: Diário de são Paulo

Be Sociable, Share!

•