Notar a preguiça durante os estudos, receber bilhetes de professores e assistir ao mau desempenho do filho na escola, são preocupações que deixam os pais ansiosos. Mas não é preciso se afobar. Vale lembrar que cada criança precisa de um tempo diferente durante o aprendizado e descobrir métodos que funcionam melhor para cada uma é essencial.

É preciso tomar cuidado com diagnósticos errados, pois muitos associam, logo de cara, estes sintomas à dislexia. Para chegar a este diagnóstico a criança precisa passar por bons especialistas, exames clínicos e testes precisos.

Dislexia é hereditária e de origem neurobiológica. Ela se caracteriza pela dificuldade de leitura, escrita e soletração, comprometendo assim a capacidade de aprender a ler, escrever e interpretar um texto.  A doença também é reconhecida com a troca de letras durante a escrita, por exemplo, “b” com “d”, ou escrever em ordem inversa – “ovóv” no lugar de “vovó”.

O momento de realmente se preocupar é quando a criança chega à fase de alfabetização. O neuropediatra Dr. Paulo Breinis explica que o disléxico tem dificuldade para estabelecer a relação entre os sons e sua representação visual. “Não é questão de inteligência. Uma pessoa com dislexia não tem a inteligência nem a criatividade afetadas. É uma questão de exigir um modo de aprendizado diferente por uma dificuldade específica”, completa o médico.

Depois de diagnosticado corretamente, os pais devem procurar um fonoaudiólogo, conversar com orientadores pedagógicos da escola, principalmente os professores, para receberem auxilio especial. Ler a prova junto com a criança, dar mais tempo a ela e coloca-la sentada na frente são ações que podem ajudar durante o aprendizado.

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