postado em 4 de novembro de 2013
Toda gestação requer acompanhamento médico, para que o bebê se desenvolva de maneira saudável e completa. No caso de mulheres portadoras de HIV, existem alguns cuidados especiais que a futura mamãe deverá tomar, mas nada que impeça a gravidez de transcorrer normalmente. A seguir, a ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, Drª Karina Zulli, esclarece algumas dúvidas sobre como as mulheres nessa condição podem conduzir a gravidez de forma saudável:
Quais são as chances de transmissão do vírus para o bebê?
Os riscos estão cada vez menores. De acordo com dados do Ministério da Saúde, é possível reduzir em 50% as chances de transmissão do vírus da mãe para o bebê quando o devido acompanhamento é feito. Por isso, é importante, que a gestante realize o teste anti-HIV no pré-natal.
Como a transmissão ocorre?
Os principais fatores associados aos riscos de transmissão na gestação são virais, imunológicos e obstétricos, que acontecem durante o trabalho de parto. “Cerca de 35% das transmissões ocorrem durante a gestação e 65% no período peri-parto. Por isso a gestante deve fazer uso de antirretrovirais, que previnem a transmissão”, afirma a dra. Karina Zulli.
Após a descoberta, como lidar com o quadro?
Caso o vírus seja diagnosticado, a principal medida é que a mulher aceite o quadro. Neste sentido, o apoio dos familiares contra situações de preconceito é bastante importante. Por fim, o auxílio da obstetra no gerenciamento de variações de humor e reações depressivas, que podem surgir nesses casos, também são importantes.
As chances de aborto aumentam?
O risco de aborto só ocorre caso o sistema imunológico da mulher esteja muito debilitado. Se não for o caso, não há com o que se preocupar.
A alimentação será diferenciada?
De modo geral, não. “A alimentação deve ser balanceada e equilibrada, mas vale ressaltar que, diante dos medicamentos antirretrovirais, o fígado pode apresentar alterações em suas enzimas, por isso é importante minimizar o consumo de substâncias que possam causar prejuízo às enzimas hepáticas, como alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas”, explica a especialista.
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