postado em 14 de novembro de 2013
Hoje é o Dia Mundial do Diabetes, uma doença que requer alguns cuidados, mas que permite ao paciente levar uma vida normal, mesmo nos casos em que a aplicação diária de insulina for necessária. Muitas vezes a doença se manifesta na infância, levando pais a se preocuparem sobre como os filhos irão adaptar seu tratamento ao dia-a-dia na escola.
Segundo o Dr. Luís Calliari, responsável pelo Serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital São Luiz, muitas vezes o maior problema enfrentado pelos pequenos ocorre com a falta de informação do corpo escolar a respeito do que é diabetes e seus sintomas: “Além disto, há a dificuldade de obtenção de alimentação adequada e da realização de procedimentos necessários à rotina do aluno com diabetes, como aplicação de insulina e medida de glicemia capilar”, afirma o especialista.
A seguir, algumas orientações do especialista para facilitar esse período de adaptação:
– Relação com os colegas: segundo Calliari, a maioria das crianças se sente confortável em dividir com o resto da classe a sua rotina médica. Mas deve-se respeitar o desejo da criança caso ela prefira adotar uma postura mais reservada sobre o assunto. Na maioria dos casos os pais não precisam temer alguma reação hostil: a diabetes é aceita pela maioria dos alunos e dificilmente o paciente sofre algum tipo de preconceito.
– Informação: é importante fornecer aos responsáveis da escola todas as orientações básicas a respeito da diabetes, como aplicações, monitorização e alimentação: “a hipoglicemia deve ser detalhadamente orientada – quais os sintomas, como confirmar, como tratar”, completa.
– Exercícios: Calliari orienta que a prática de atividade física dever evitada quando a glicemia estiver muito alta (superior a 250 mg/dl) ou muito baixa (inferior a 60 mg/dl). O médico também recomenda que a criança coma algum carboidrato antes da prática esportiva e que sejam evitadas atividades muito prolongadas.
– Alimentação: “Não é preciso que o aluno com diabetes leve o lanche preparado em sua própria casa, desde que a escola forneça um lanche balanceado, saudável e com opções sem carboidratos de absorção rápida, ou que a cantina tenha estes alimentos no seu cardápio,” explica o endocrinologista.
Também é importante que a criança leve diariamente à escola um “kit diabetes”, contendo aplicadores de insulina e alimentos de fácil absorção para o caso de uma crise de hipoglicemia.
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