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Alimentação da mãe não influencia na produção e qualidade do leite

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postado em 16 de agosto de 2016

Especialista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim esclarece dúvidas e ressalta que cafeína e álcool devem ser evitados

Alimentar-se bem e de maneira saudável é importante para todas as mães, mas não é um fator determinante e que influencia na produção e qualidade do leite. Diferente do muitas mulheres pensam, por falta de orientação e informação, todas produzem leite na quantidade e qualidade adequada para seu bebê.

Para Patricia Scalon, consultora e enfermeira do Grupo de Apoio de Aleitamento Materno da Maternidade São Luiz Itaim (GAAM), na indicação de uma boa dieta balanceada deve conter pães, cereais, frutas, legumes, verduras, derivados de leite e carnes. Para as mães vegetarianas, é importante ficar atenta ao controle da vitamina B, que não está presente nos vegetais. “As mães não devem esquecer também de consumir alimentos ricos em vitamina A, manter-se bem hidratada, consumindo de 2 a 3 litros de líquidos por dia, além de descansar o máximo que puder”, destaca.

Breastfeeding

Não é a alimentação que influencia no aumento da produção do leite materno. Há fatores determinantes que garantem uma amamentação abundante, são eles: colocar o bebê para mamar sob livre demanda, ou seja, quando ele quiser; observar e garantir que a pega esteja correta (abocanhando toda aréola); deixar o pequeno esvazie por completo as mamas; evitar o uso da chupeta; que a mãe beba bastante líquido e por fim, que consiga descansar, tarefa difícil nessa fase, podendo aproveitar o mesmo período de quando o bebê estiver dormindo.

“Toda mãe produzirá o leite adequado e nutritivo para o desenvolvimento do seu filho, mesmo as que não tenham uma dieta saudável. É um mito dizer, por exemplo, que o consumo de alimentos como canjica ou de cerveja preta contribuem na produção do leite”, orienta Patricia Scalon.

Há apenas dois produtos que influenciam a amamentação e merecem atenção. Os cafeinados, que devem ser consumidos com cautela, e a bebida alcoólica. Ambos entram na corrente sanguínea da mãe e passam para o bebê através do leite materno, prejudicando seu desenvolvimento. Outro fator importante, que traz restrições a mãe, é o consumo de alimentos com lactose quando o bebê desenvolve uma intolerância. Nesse caso, é recomendável que a mãe pare de consumi-los apenas durante a amamentação.

Uma dúvida muito frequente das mães é a relação entre os alimentos que ingerem, quando está amamentando, e a cólica do bebê. “Dificilmente uma alimentação

influenciará na cólica do pequeno. “Hoje sabemos que é algo fisiológico, ou seja, está relacionada ao seu desenvolvimento normal e pode aparecer entre os 15/20 dias de vida do bebê, permanecendo até o 3º ou 4º mês de vida”, explica Patricia Scalon. “De modo geral, as mães não precisam evitar determinados alimentos. Caso perceba que algum componente de sua alimentação está causando algum efeito no bebê, deverá fazer uma prova terapêutica, ou seja, retirar de sua alimentação por um tempo o que julga causar desconforto e reintroduzi-lo por um tempo, observando atentamente a reação do bebê”, acrescenta.

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