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Intolerância à lactose X Alergia à proteína do leite de vaca: entenda as diferenças

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postado em 31 de maio de 2017

Na infância, assim como em outras etapas da vida, a o leite pode causar problemas ao organismo. Porém, a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é bem diferente da intolerância à lactose, assim como suas causas, tratamentos e sintomas.
A primeira é uma reação do sistema de defesa do organismo às proteínas do leite. A segunda, no entanto, acontece devido à dificuldade do organismo em digerir lactose, um açúcar do leite, pela ausência ou deficiência da enzima lactase no organismo. O termo “alergia à lactose” é incorreto.

Até um ano de idade, a alergia é muito mais prevalente. Adultos, por exemplo, raramente sofrem com este problema. A intolerância, por sua vez, embora possa acontecer com bebês, é mais comum em crianças maiores e adolescentes. Além disso, ela pode ocorrer e se manifestar em diferentes graus.

De acordo com o Dr. Thiago Gara, gastropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esses dois problemas podem ser facilmente confundidos pela população. Por isso é importante consultar o especialista para um diagnóstico correto antes de tomar qualquer atitude em relação à dieta. “A grande maioria das alergias é transitória”, explica.

No caso da intolerância, os sintomas são apenas intestinais, como diarreia, cólicas, gases e distensão abdominal, que podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão do leite de vaca.

Na APLV, os sinais podem ser digestivos (vômitos, cólicas, diarreia, prisão de ventre, dor abdominal e refluxo), cutâneos e até respiratórios (dificuldade de respirar), além da anafilaxia, uma reação alérgica grave, que pode comprometer todo o organismo. Eles podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão de leite de vaca ou derivados. “Mais ou menos 40% dos casos de refluxos criança estão relacionados à alergia”, complementa o médico.

É comum surgirem muitas dúvidas em relação à amamentação das crianças que sofrem com algum destes problemas. Como geralmente a intolerância se manifesta acima de um ano de idade, não costuma prejudicar a amamentação. E, apesar do leite materno ser rico em lactose, possui agentes facilitadores que auxiliam a digestão.

Quando a criança tem a APVL, é comum que a mãe faça uma dieta restritiva cortando o item da alimentação. Em alguns casos, o gastropediatra pode recomentar a ingestão de fórmulas especiais. Vale lembrar que leite materno deve ser sempre o principal alimento oferecido ao bebê até os seis meses.

O diagnóstico da intolerância pode ser feito de forma clínica ou com um teste de alta dose de lactose. Assim, o médico pode conferir se há absorção do nutriente e presença da enzima lactase. A alergia é confirmada pela associação do histórico clínico com os sintomas da ingestão do alimento, além de alguns testes que podem auxiliar.

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